Milho: plantio da 1ª safra 2023/24 fica abaixo do mesmo período do ano passado

Semeadura atingiu 40,2% no levantamento semana da Conab, cerca de 2,8% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

O plantio de milho 1ª safra 2023/24 atingiu 40,2% da área estimada no Brasil, conforme relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 29 de outubro.

Na última semana, a semeadura atingia 37,2% da área. Em igual período do ano passado, os trabalhos haviam sido concluídos em 43% da área.

Cautela no mercado brasileiro

O mercado brasileiro de milho deve ter uma terça-feira (7) de cautela nos negócios. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em baixa.

O dólar, por sua vez, recua frente ao real, desencorajando maiores movimentações nos portos. No ambiente doméstico, os agentes seguem avaliando fatores como logística, paridade de exportação, preços dos futuros e variação cambial para progressão das negociações.

O mercado brasileiro de milho teve uma segunda-feira (6) de preços firmes no Sudeste, com boa procura. No Sul o mercado esteve mais acomodado, enquanto no Porto houve queda nas cotações devido ao dólar fraco, como destaca o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 63,00/67,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 60,00/65,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 52,00/53,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 58,00/60,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 63,00/64,50 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 63,00/65,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 56,00/60,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 48,00/R$ 50,00 a saca em Rio Verde – CIF. Em Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,00/43,00 a saca em Rondonópolis.

Milho em Chicago

Os contratos com entrega em dezembro de 2023 operam com baixa de 4,50 centavos, ou 0,94%, cotados a US$ 4,72 3/4 por bushel.

O mercado recua diante de uma maior aversão ao risco no financeiro, com o dólar forte em relação a outras moedas correntes e a queda do petróleo em Nova York. O rápido progresso da colheita nos Estados Unidos com a pressão de oferta sazonal completa o cenário desfavorável aos preços.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 5 de novembro, a área colhida estava em 81%. Na semana passada, eram 71%. Em igual período do ano passado o número era de 85%. A média para os últimos cinco anos é de 77%.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,076 bilhões de bushels de milho em 2023/24, ficando acima dos 15,064 bilhões de bushels indicados em outubro e à frente dos 13,715 bilhões de bushels colhidos na temporada 2022/23.

A produtividade média deve ficar em 173,2 bushels por acre, maior que os 173 bushels por acre indicados em outubro, mas abaixo dos 173,4 bushels por acre colhidos na safra 2022/23. A área a ser colhida de milho deve ficar em 87,1 milhões de acres, similar à estimada no mês passado, mas acima dos 79,1 milhões de acres registrados na temporada 2022/23.

Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 norte-americana devem ser indicados em 2,129 bilhões de bushels, acima dos 2,111 bilhões de bushels previstos em outubro. Para a safra global 2023/24, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 312 milhões de toneladas, abaixo das 312,4 milhões de toneladas apontadas em outubro.

A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2022/23 sejam apontados em 297,8 milhões de toneladas, inferior frente às 298,1 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

Ontem (6), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 4,77 1/4 por bushel, avanço de 0,50 centavo de dólar, ou 0,10%, em relação ao fechamento anterior. A posição março de 2024 fechou a sessão a US$ 4,92 1/2 por bushel, alta de 0,25 centavo de dólar, ou 0,05%, em relação ao fechamento anterior.

Fonte: Agência Safras

ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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