Segundo as informações de alguns analistas de mercado, os preços do milho podem chegar a R$ 120 por saca, confira abaixo como anda o mercado!
O preço do cereal negociado no mercado interno encosta nos R$ 99,00/sc em Campinas/SP diante do cenário de indefinição sobre a oferta e necessidade dos compradores. O cenário adverso para o milho 2ª safra foi o combustível para o forte movimento de alta na B3 com contrato para setembro/21 fechando o dia com valorização de 3,88% cotado a R$ 101,05/sc, o maior valor desde que começou a ser negociado.
A tensão sobre o risco de oferta no Brasil impulsionou as cotações do milho na CBOT até o limite de alta na primeira sessão da semana. Com isso, o contrato para maio/21 encerrou o dia cotado a US$ 6,81/bu, valorizando 3,81% no comparativo diário. Os números de exportação norte-americanos também auxiliaram nesta movimentação positiva em Chicago.
O preço do milho nos mercados físico e futuro atingiu patamares recordes neste ano. De acordo com o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, as cotações ainda tem espaço para subir R$ 20 por saca nos próximos meses.
Pereira lembra que a alta registrada no preço do milho até então se deve ao aumento na demanda. A China, que mal importava, tornou-se, quase do dia para a noite, a maior compradora mundial do cereal. Agora, no entanto, junta-se a esse quadro de oferta aquecida a possível redução na oferta.
No Brasil, o atraso no plantio da soja colocou o milho segunda safra em risco. Em algumas regiões do país, as lavouras não veem chuva há mais de um mês. “Não caberia dentro de uma hora colocar todos os relatos de produtos que sofrem com a intempérie climática”, diz. “Temos clientes de Mato Grosso do Sul com 40 dias de seca. O milho está ‘jogado às traças’, como dizem”.
Tendência para o milho
Diante desse quadro de quebra na segunda safra, o preço do milho pode ter novas altas. Segundo o analista de mercado, a cotação pode subir 20% sobre o patamar atual – ou R$ 20 por saca sobre os R$ 100 por saca.
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Matheus Pereira afirma que os patamares atuais observados no mercado interno tiram a rentabilidade de alguns compradores, que estão procurando substitutos, principalmente para ração animal. “Enquanto a gente tiver livre exportação, caminho de escoamento, com toda a adição da demanda para exportação, podemos ter novas altas empilhadas”, diz.
Outro fator que pode pesar sobre o preço do milho é o recuo dos vendedores. Segundo o diretor da Pátria Agronegócios, isso é normal, já que diante da expectativa de quebra, o produtor tem medo de negociar e depois não conseguir cumprir com os contratos.