Grande oferta global limita ganhos em Chicago e milho encerra sessão desta 3ª feira próximo da estabilidade.
Mais uma vez, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) tiveram um pregão de estabilidade. Depois de testar os dois lados da tabela, mas sem movimentações expressivas, os principais contratos do cereal finalizaram a terça-feira (19) com leves altas de 0,50 pontos. O março/18 trabalhava a US$ 3,47 por bushel e o maio/18 a US$ 3,55 por bushel.
Diante da falta de novas informações, que possam movimentar o mercado, as cotações continuam trabalhando sem oscilações significativas. “O milho exibiu ligeiras movimentações, com preços limitados por grandes suprimentos globais”, destacou a Reuters internacional.
Ainda essa semana, a Informa Economics elevou a sua estimativa para a safra americana de milho para 372,8 milhões de toneladas nessa temporada. O volume ficou acima do indicado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu último reporte de oferta e demanda, de 370,3 milhões de toneladas.
Além disso, o foco dos investidores permanece no comportamento das chuvas na América do Sul, principalmente na Argentina. “Muitas das fraquezas foram causadas pelas chuvas na Argentina e há mais chuva nas previsões para essa semana”, destacou Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions à Reuters internacional.
Mercado interno
No caso do mercado doméstico, a sessão desta terça-feira também foi de ligeira movimentação aos preços. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), o valor subiu 25%, com a saca a R$ 15,00. Em Campinas (SP), o ganho foi de 3,16%, com a saca a R$ 32,60.
No Oeste da Bahia, a saca do cereal registrou valorização de 1,75% e terminou o dia a R$ 29,00. No Porto de Paranaguá, a saca disponível permaneceu estável em R$ 31,50.
A continuidade da retração vendedora tem mantido os preços mais altos nas principais praças brasileiras. Do mesmo modo, as novas projeções da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) também contribuem para a formação do cenário.
Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas