Milho fechando a quinta-feira com alta, confira!

Milho fecha a quinta-feira em alta no mercado físico brasileiro, na B3 e em Chicago; Dólar impulsiona cotações no Brasil e clima as dos EUA.

A quinta-feira (18) chegou ao final com os preços do milho no mercado físico brasileiro operando mais em elevação do que em queda. Em levantamento realizado, foram percebidas desvalorizações apenas em Tangará da Serra/MT (1,47% e preço de R$ 33,50) e Campo Novo do Parecis/MT (3,03% e preço de R$ 32,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Castro/PR (1,14% e preço de R$ 44,50), Cândido Mota/SP (1,22% e preço de R$ 41,50), Pato Branco/PR (1,28% e preço de R$ 39,70), Marechal Cândido Rondon/PR (1,32% e preço de R$ 38,50), Eldorado/MS (1,39% e preço de R$ 36,50), Porto de Santos/SP (2% e preço de R$ 51,00), Jataí/GO e Rio Verde/GO (2,86% e preço de R$ 36,00).

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, os indicadores do mercado físico ficaram mais estáveis nos últimos dias. “Mesmo com o dólar recuperando parte do movimento, a disponibilidade do cereal gradualmente vai dando as caras, principalmente das variedades mais precoces. Em Campinas-SP, as referências giram ao redor de R$47/sc, CIF, 30d”.

O time de consultoria Agro do Itaú BBA divulgou seu relatório Visão Agro 2020/21 trazendo um panorama sobre algumas das principais culturas agrícolas do Brasil. Na análise feita sobre o milho, o destaque fica para as cotações elevadas praticadas para o cereal no país neste ano.

“A safra 2019/20 para o milho deverá ficar na memória dos players ligados à cadeia por muito tempo. As cotações praticadas no Brasil atingiram os patamares mais altos da história possibilitando uma geração de renda por parte dos produtores das mais elevadas já registradas”.

A publicação destaca que a baixa disponibilidade do grão no mercado doméstico após a redução dos estoques de passagem com aumento da demanda interna e exportações recordes justifica esse aumento.

Neste momento, mesmo com a chegada da segunda safra, que está sendo colhida nas principais regiões produtoras, as estimativas do Itaú BBA apontam que os estoques de passagem no Brasil na safra 2019/20 tendem a oscilar próximos aos patamares da safra 2015/16, quando as cotações atingiram níveis recordes até então.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) operou durante todo o dia com viés de alta para os preços futuros do milho nesta quinta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,84% e 1,68% por volta das 16h10 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 45,95 com elevação de 1,43%, o setembro/20 valia R$ 44,78 com ganho de 1,08%, o novembro/20 era negociado por R$ 47,70 com valorização de 1,68% e o março/21 tinha valor de R$ 48,15 com alta de 0,94%.

Pensando no próximo ciclo de safra 2020/21, a consultoria Agro do Itaú BBA aponta a manutenção do cenário positivo para os preços, especialmente durante a safra de verão. “Por mais que possamos testemunhar algum aumento de área plantada em regiões específicas de milho 1ª safra, a nossa estimativa aponta para um balanço bem equilibrado no 1º semestre do próximo ano.

Já para a segunda safra em 2021, a expectativa é de aumento de área em 3% com relação à 2020 e níveis de produtividade similares aos de 2018/19, o que sustenta a estimativa de uma produção superior as 80 milhões de toneladas apenas na safrinha.

“Esse aumento de produção, mesmo quando combinado com uma premissa de crescimento do consumo interno de 4% no próximo ano, deve elevar substancialmente o excedente exportável no Brasil ao longo do segundo semestre de 2021”, aponta o relatório.

“Assim, o grande fator por trás das precificações no Brasil dever seguir sendo a taxa de câmbio. Em que pese a grande volatilidade diante das incertezas do mercado, as perspectivas do ItaúBBA apontam para uma apreciação gradual da taxa de câmbio ao longo de 2021, o que pode trazer alguma pressão para os preços em moeda nacional caso esse cenário se materialize”, conclui a consultoria.

O relatório destaca ainda que as margens para os produtores na safra 2020/21 seguirão positivas, mas menores do que as registradas no ciclo 2019/20 e que é necessário muita atenção por parte dos agricultores.

“Essa safra vem com um componente de risco maior que nos outros anos, como adquirir os insumos com um dólar bastante apreciado e comercializar o produto final a uma taxa de câmbio menor. Por isso, é importante combinar a aquisição de insumos com a fixação do valor do milho a ser vendido com o objetivo de já travar a relação de troca e mitigar o risco de redução das margens”, relata.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro se movimentaram pouco na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira. As principais cotações registraram movimentações máximas de 0,75 pontos positivos ao final do dia.

O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,31 com valorização de 0,75 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,35 com alta de 0,50 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,42 com estabilidade e o março/21 teve valor US$ 3,54 com elevação de 0,25 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,30% para o julho/20 e de 0,28% para o março/21, além de estabilidade para o setembro/20 e para o dezembro/20.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho subiu nesta quinta-feira em negociações técnicas e nos sinais climáticos que podem não ser tão favoráveis ao cultivo nos Estados Unidos nos próximos dias.

“Traders disseram que algumas previsões meteorológicas apontam menos chuva do que o esperado na próxima semana, o que pode prejudicar as safras”, aponta P.J.Huffstutter da Reuters Chicago.

A publicação destaca ainda que, no início da sessão de hoje, os futuros de milho também receberam algum apoio das conversas do mercado sobre compradores chineses potencialmente interessados ​​em comprar etanol nos EUA, apesar disso, na quinta-feira de manhã, não havia confirmação de tais vendas de exportação.

Fonte: Notícias Agrícolas

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