A referência no mercado físico paulista passou para os R$ 84,50/sc; O mercado futuro registra alta e safra norte-americana ainda impacta nos preços!
Com o dólar voltando próximo ao patamar de R$ 5,30, o preço do milho no Brasil continuou firme. Os compradores que se mostravam ausentes voltaram ao mercado e para adquirir novos lotes de cereal tiveram que pagar um pouco mais caro.
A referência no mercado físico paulista passou para os R$ 84,50/sc, subindo levemente frente a quinta-feira. Na B3, o contrato com vencimento para março/21 registrou leve alta de 0,09%, cotado a R$ 88,20/sc.
Nos EUA, o dia foi de calmaria e realização de lucros para os operadores de mercado. O contrato com vencimento para março/21 na CBOT registrou leve queda de 0,47% em relação a quinta-feira, estabelecendo-se próximo dos US$ 5,32/bu.
Além do processo de realização de lucros, o fortalecimento do dólar frente a outras moedas mundiais também de maneira negativa sobre as cotações do cereal norte-americano.
O que esperar dos preços do milho para esta semana?
Os preços do milho iniciam a semana ainda repercutindo os dados do último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O corte na safra, agora estimada em 39 milhões causou surpresa ao mercado de maneira geral. No mercado interno, a oferta segue preocupando produtores, e pode fazer o preço subir.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.
– USDA surpreende o mercado com corte de produção na safra 2020, para 360 milhões de toneladas. O corte trouxe os estoques para 39 milhões de toneladas contra 43 milhões no relatório de dezembro;
– O estoque mais baixo gera um certo ambiente de tensão, mas a alta foi exagerada para o corte de estoque de apenas 4 milhões de toneladas;
– O fato é que o motivo principal é a China. O USDA aumentou a projeção de importações para 17,5 milhões de toneladas neste ano comercial e coloca este estoque nos EUA sob dúvida se houver realmente este acréscimo de compras pela China;
– Os preços na China têm hoje uma diferença de US$ 200 por tonelada em relação aos preços no Golfo do México. Este diferencial aponta que as empresas chinesas podem aumentar as compras de milho norte-americano a qualquer momento;
– Se isto se confirmar nas próximas semanas, novas altas podem surgir na Bolsa de Chicago (CBOT);
– Por outro lado, deve-se entender que os preços são excepcionais para o produtor norte-americano de soja e milho, e aumento de área na safra 2021 já é um consenso;
– Argentina e Brasil com chuvas em janeiro diminuem a pressão por perdas de produção;
– Mercado brasileiro confirma as expectativas e inicia 2021 com altas generalizadas;
– A alta na CBOT ajudou a motivar o movimento de alta interna, em particular para a safrinha;
– No disponível, as ofertas são limitadas regionalmente e as que surgem tem tido preços mais altos a cada semana;
– A preocupação agora é a entrada da safra de soja em fevereiro e março com concentração de toda a logística para esta cultura;
– O quadro pode colocar mais preços para o milho devido à dificuldade de transporte interno e/ou alta dos custos dos fretes, o que eleva os preços CIF;
- Pará lidera expansão da cacauicultura com distribuição gratuita de sementes híbridas
- Criação de mini vacas cresce no Brasil
- Bicudo-da-cana desafia o setor sucroenergético e pode comprometer até 30 toneladas por hectare
- Empresa parceira da MF Rural oferta crédito com juros a partir de 2% a.a.
- Semana Internacional do Café 2024: Recordes de público e negócios impulsionam a imagem global dos cafés brasileiros
– Colheitas regionais de milho não devem ser suficientes para atender toda a demanda interna até a entrada da safrinha 2021;
– Não há sinal de retração de demanda interna para contrabalançar este quadro de preços altos e problemas de abastecimento de milho neste primeiro semestre;
– Conab dispõe de 111 mil toneladas apenas em estoques do governo neste momento.
Compre Rural com informações da Agrifatto e Agência Safras