Milho fecha semana com quedas consecutivas, veja!

Milho fecha semana de quedas consecutivas no mercado físico brasileiro; B3 operou em alta na sexta-feira. Confira os valores nas principais praças!

A sexta-feira (12) chega ao final com os preços do milho no mercado físico brasileiro pouco movimentados. Em levantamento realizado, foram percebidas valorizações apenas em Sorriso/MT balcão (8,70% e preço de R$ 25,00).

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Campinas/SP (1,03% e preço de R$ 48,00), Porto de Santos/SP (2,13% e preço de R$ 46,00), Maracaju/MS e Campo Grande/MS (2,63% e preço de R$ 37,00) e Sorriso/MT disponível (3,57% e preço de R$ 27,00).

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a semana foi de quedas consecutivas das cotações do milho no mercado físico. “Gradativamente, a oferta do cereal dá sinais de melhora, enquanto o comprador evita negociar grandes volumes. As referências em Campinas-SP estão entre R$47-R$48/sc, CIF, 30d”.

Nos últimos 30 dias as cotações do milho nos portos brasileiros caíram cerca de R$ 9,00 saindo do patamar de R$ 53,00 para os atuais R$ 44,00. Segundo análise da Brandalizze Consulting, o grande fator que ocasionou este movimento foi a desvalorização do dólar ante ao real, que saiu de aproximadamente R$ 6,00 para algo próximo dos R$ 4,85.

Mesmo com essas baixas, as cotações seguem elevadas ante a média histórica para o cereal e devem garantir boa rentabilidade aos produtores brasileiros, que já negociaram cerca de 50% desta próxima produção aproveitando os momentos de altas nos preços.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) registrou ganhos para os preços futuros do milho neste último dia da semana. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,83% e 2,34% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 43,80 com alta de 0,83%, o setembro/20 valia R$ 43,00 com elevação de 1,18%, o novembro/20 era negociado por R$ 45,56 com ganho de 0,98% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 47,67 com valorização de 2,34%.

O analista de mercado Vlamir Brandalizze destaca que, apesar dos momentos mais altos de preços já terem passado, ainda existe espaço para novas valorizações no mês de agosto, com o mercado de olho nas movimentações cambiais e em possíveis valorizações do cereal na Bolsa de Chicago.

O segundo semestre inclusive deve representar uma retomada para as exportações brasileiras de milho, que são estimadas em mais de 30 milhões de toneladas neste ano. Brandalizze acredita que os volumes voltem a te força entre agosto e outubro, já que a soja vai abrir espaço para o milho nos portos para o escoamento das quantidades que já foram negociadas antecipadamente.

A retomada da demanda interna de milho também deve ser aquecida no segundo semestre. O mercado interno de carnes deve retomar espaço se aliando as exportações do setor que estão em alta. Além disso, o etanol de milho, que verificou queda de até 40% no consumo neste momento de pandemia, deve voltar a crescer rapidamente na visão da consultoria.

Mercado Externo

Já para os preços internacionais do milho futuro a semana termina com pouca movimentação e resultados em campo misto na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram flutuações entre 0,75 pontos negativos e 0,25 pontos positivos ao final do dia.

O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,30 com alta de 0,25 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,34 com queda de 0,50 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,43 com perda de 0,75 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,54 com baixa de 0,75 pontos.

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,30% para o julho/20, desvalorizações de 0,30% para o setembro/20 e de 0,28% para o março/21, além de estabilidade para o dezembro/20.

Com relação ao fechamento da última sexta-feira (05), os futuros do milho acumularam perdas de 0,30% para o julho/20, de 0,30% para o setembro/20, de 0,58% para o dezembro/20 e de 0,84% para o março/21.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho foi pouco alterado, pois os traders avaliaram o relatório de demanda e oferta do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que aumentou os estoques projetados de milho nos EUA, mas reduziu a demanda por milho para produzir etanol por menos do que os analistas previam.

Além disso, os comerciantes estão observando as previsões do tempo para um possível estresse nos hectares plantados. “Há muito milho atrasado por aí que precisa de bom tempo, e acho que o mercado está sensível a isso no momento”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.

Fonte: Notícias Agrícolas

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