Os preços do milho devem se manter em patamares elevados até o ano que vem, a depender do andamento do plantio da 2ª safra, diz Carlos Cogo
O milho vem sendo castigado no Sul do país com a falta de chuvas, fato que liga o alerta para os produtores e pode continuar impactando nos preços, segundo análise de Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio. Segundo ele, o cenário adverso não é exclusividade do Brasil.
“A estiagem também provocou perdas irreversíveis no milho primeira safra do Paraguai e da Argentina. Isso pode trazer para o Brasil um cenário de escassez do grão para o primeiro trimestre de 2022, onde vamos precisar de 38 milhões de toneladas, e a safra não deve chegar a 30 milhões de toneladas”, afirma.PUBLICIDADE
Todo esse cenário tem reflexo do mercado do grão, seja a nível interno ou externo. “Temos as cotações futuras reagindo à quebra na safra. Se antes da pandemia o milho em Chicago era negociado US$ 3 o bushel, hoje pode chegar até US$ 5,90. Na B3, os contratos para março já passam de R$ 95. Os preços podem ficar menores no ano que vem, dependendo do bom andamento do plantio da segunda safra de milho”, afirma Carlos Cogo.
Fonte: Canal Rural