Baixa oferta faz com que indicador do milho atinja a casa dos 60 reais/sc; Com dólar em alta, exportação se aquece e saca da soja é negociada acima de R$ 100 no BR.
A oferta restrita e a necessidade de reposição de estoques no curto prazo continuam elevando os preços do milho no Brasil, de acordo com pesquisas do Cepea. A intensidade desse movimento de alta, no entanto, diminuiu um pouco em algumas regiões, sendo que, em outras, a variação chegou a ser negativa.
Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa atingiu a casa dos R$ 60,00/saca de 60 kg no início da semana passada, renovando as máximas nominais da série histórica, mas voltou a se enfraquecer nos dias seguintes. A pressão veio da retração de parte dos compradores consultados pelo Cepea, especialmente no meio da semana, contexto que limitou a liquidez em muitas praças.
Diante dos elevados patamares do milho, demandantes, quando possível, passam a adquirir produtos substitutos, como o sorgo. Vendedores consultados pelo Cepea, por sua vez, estão atentos ao desenvolvimento das lavouras, disponibilizando apenas lotes pontuais no spot.
Entre 27 de março e 3 de abril, o Indicador caiu 1,6%, fechando a R$ 58,49/saca de 60 kg na sexta-feira, 3.
No mercado da soja
Em meio à pandemia de coronavírus, o dólar se mantém em patamar recorde, operando acima de R$ 5,00 desde 16 de março. Esse cenário, que eleva a atratividade de commodities brasileiras, e a paralisação dos trabalhos em portos da Argentina – concorrente do País nas exportações de soja e derivados – intensificaram o ritmo dos embarques nacionais do grão.
Assim, atentos ao produto barato e abundante, novos compradores internacionais direcionaram suas aquisições ao Brasil.
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Como consequência, a soja em grão tem sido negociada acima de R$ 100/saca de 60 kg em Paranaguá (PR) desde o início da semana anterior, recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em março de 2006.
Entre 27 de março e 3 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa da soja Paranaguá subiu 2,69%, a R$ 101,48/sc de 60 kg na sexta-feira, 3.
O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná também atingiu, na sexta-feira, 3, recorde nominal da série do Cepea, iniciada em julho de 1997, a R$ 94,45/sc de 60 kg, 3,1% superior ao do dia 27 de março
Fonte: Cepea