Milho: demanda externa volta a elevar preços no Brasil

Bombardeios em regiões portuárias da Ucrânia e preocupações com a seca na Argentina trazem compradores externos ao Brasil.

Os preços do milho estão firmes na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Segundo pesquisadores, a sustentação vem do intenso ritmo de embarques nos últimos meses e do possível reaquecimento da demanda internacional pelo milho brasileiro – bombardeios em regiões portuárias da Ucrânia e preocupações com a seca na Argentina trazem compradores externos ao Brasil.

Na primeira semana de dezembro, foram exportadas 1,51 milhão de toneladas, já representando 44% do volume embarcado em dezembro de 2021, segundo dados da Secex.

Atentos a esse cenário e também às valorizações na Bolsa de Chicago (CME Group) e do dólar, vendedores pedem preços maiores nas negociações no interior do País.

Soja

Com as demandas interna e externa aquecidas, o preço do farelo de soja se mantém em alta no mercado brasileiro, segundo indicam dados do Cepea.

Na Argentina (principal abastecedora global deste derivado), a oferta da safra 2021/22 é baixa e o mercado está incerto quanto ao volume a ser produzido na temporada 2022/23, devido ao clima desfavorável.

Diante disso, as expectativas são de que a demanda chinesa por farelo de soja se desloque ao Brasil.

De acordo com relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a China deverá importar 235,24 mil toneladas de farelo de soja na safra 2022/23, o maior volume desde 2010/11 e quatro vezes mais que a quantidade importada em 2021/22.

As transações globais de farelo devem somar recorde de 70,08 milhões de toneladas. Deste total, 37,9% devem sair da Argentina, 27,9%, do Brasil e 17,7%, dos Estados Unidos.

Fonte: Cepea/Esalq

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