Com vendas externas aquecidas, milho continua rally de alta nos EUA. Enquanto isso, no Brasil, o cereal amarga o menor valor dos últimos 30 dias.
Em mais um dia de dólar estável e pouco interesse da ponta compradora, o mercado de milho brasileiro reagiu depressivamente, registrando desvalorizações. Em São Paulo, a referência para o mercado físico chegou aos R$ 79,00/sc, buscando a mínima dos últimos 30 dias. Na B3, o vencimento para janeiro/21 fechou a sexta-feira sem variar, ficando cotado a R$ 78,69/sc.
A volta após o feriado de ação de graças foi boa no mercado de milho norte-americano. O contrato para mar/21 registrou alta de 1,58%, sendo negociado à US$ 4,34/bu ao fim da sexta-feira.
O reporte do USDA sobre as vendas externas que totalizaram 1,67 milhão de toneladas na semana retrasada junto a preocupação com o clima seco na América do Sul foi o que justificou a alta das cotações em Chicago.
Boi gordo
Com o atacado caminhando de forma lenta e travada, os frigoríficos continuaram a pressionar os pecuaristas oferecendo preços abaixo dos R$ 280,00/@ em São Paulo. A paralisação nas compras e as férias coletivas continuam a dar espaço para que a pressão negativa vingue sobre os preços do boi gordo.
Por outro lado, o início do mês de dezembro/20 traz esperanças para o atacadista, visto que o recebimento de salários e décimo terceiro pode auxiliar no fluxo de saída da carne bovina, dando um respiro para as cotações da carcaça casada.
Na B3, o dia foi de leve alta para os contratos futuros, o vencimento para dezembro/20 registrou alta de 0,22%, sendo negociado à R$ 273,65/@.
Soja
Com os preços em Chicago voltando e operando no positivo, a cotação da soja no Brasil freou as consecutivas quedas que estavam acontecendo graças ao dólar. Os poucos negócios de oleaginosa que acontecem no país continuaram a ter como referência os R$ 162,50/sc.
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Assim como a soja, o farelo parece ter encontrado um teto após bater os R$ 2.499/t em Rio Verde/GO, desde então os negócios tem variado na casa dos R$ 2.400/t.
Nos EUA, o contrato para janeiro/21 voltou a se valorizar após sofrer uma queda na quarta-feira. A cotação de tal vencimento fechou a semana nos US$ 11,92/bu, fazendo a oleaginosa flertar com o rompimento dos US$ 12,00/bu novamente. O mercado norte-americano se focou nas condições climáticas adversas na América do Sul para operar na última sexta-feira.
Fonte: Agrifatto