Segundo levantamento Cepea/Esalq, a saca saiu, em média, por R$ 92,26, ou seja, 3,7% abaixo do valor da semana passada e menor patamar desde o início de julho.
Com a colheita da safrinha da temporada 2020/21 praticamente finalizada e a demanda doméstica mais fraca, os preços do milho continuam em queda no país. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), a saca saiu, em média, por R$ 92,26 na região de Campinas (SP) na sexta-feira, 3,7% abaixo do valor de segunda-feira da semana passada e menor patamar desde o início de julho.
Embora a safrinha tenha registrado forte quebra, em razão do atraso da semeadura e da escassez de chuvas nos últimos meses, os volumes que têm chegado ao mercado têm sido suficientes para manter as cotações em trajetória descendente após os picos observados no primeiro semestre. A liberação de importações de milho de fora do Mercosul com tarifa zero também colabora para reforçar a tendência.
Soja tem valorização
No mercado de soja, os produtores estão segurando as vendas dos volumes que ainda não negociaram da safra 2020/21 porque acreditam que o Brasil poderá ganhar mais espaço no mercado internacional nas próximas semanas, diz o Cepea. Com isso, a diferença entre os valores pedidos pelos vendedores e os oferecidos pelos compradores aumentou, resultando em dias de baixa liquidez.
Na sexta-feira, a cotação média do grão em Paranaguá (PR) ficou em R$ 170,42 a saca de 60 quilos, alta de 0,5% ante o preço de segunda-feira. Como os produtores americanos enfrentaram problemas logísticos para o escoamento de suas exportações, por causa do furacão Ida, os embarques brasileiros ainda poderão ganhar um pouco mais de terreno – o país já lidera as exportações globais.
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Ainda segundo o Cepea, parte dos sojicultores brasileiros indica preferência em guardar o remanescente da safra 2020/21 para fortalecer a comercialização no último trimestre do ano. “Alguns produtores, inclusive, sinalizam intenção de guardar um volume para comercializar na entrada da temporada 2021/22”, observam os pesquisadores do Cepea.
Fonte: Valor Econômico.