Exportações do milho registraram forte alta em março e no primeiro trimestre do ano
O milho brasileiro se mantém valorizado no mercado internacional, o que ajuda a explicar a alta das exportações do cereal registrada e março deste ano. A avaliação foi feita pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
No mês passado, o volume embarcado foi de 605,3 mil toneladas, mais que o dobro do registrado no mesmo mês em 2017. A receita com essas exportações também mais que dobrou, segundo os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Foram US$ 105,4 milhões em março de 2018.
No primeiro trimestre do ano, foram 4,881 milhões de toneladas, um crescimento de 123,8% em relação ao intervalo de janeiro a março de 2017. A receita dos exportadores cresceu 107,7% na mesma comparação, totalizando US$ 774,53 milhões.
Os dados do governo mostram também um aumento da participação do milho na pauta das exportações brasileiras. No primeiro trimestre de 2017, o valor das vendas externas do cereal representou 0,74% do total do país. Entre janeiro e março deste ano, essa proporção foi de 1,42%.
Para o ex-ministro Alysson Paolinelli, presidente da Associação, a qualidade reconhecida e o câmbio favorável ajudaram no desempenho. Há também uma expectativa positiva da entidade em relação ao mercado do México, um importante consumidor global de milho e que está com dificuldades de adquirir o cereal produzido nos Estados Unidos.
Recorde
O desempenho positivo do primeiro trimestre sucede um período de recorde nas exportações de milho, segundo a Associação, também com base nos dados do governo federal. Os embarques em 2017 somaram 29,25 milhões de toneladas do cereal, um crescimento de 33,8% em relação a 2016 e de 1,2% em relação a 2015, o recorde anterior.
Entre os principais países compradores no ano passado, estiveram Japão, Vietnã, Taiwan, Coréia do Sul e Malásia com US$ 1,82 bilhão. Outro grande comprador é o Irã com US$ 782,61 milhões. Na Europa, um dos principais compradores é a Espanha com US$ 436,93 milhões.
POR REDAÇÃO GLOBO