Mercado do boi gordo: Poder de compra muda o jogo

O abate de bovinos aumentou no primeiro semestre de 2022 em relação ao ano anterior, mas é notável que o nível do abate ainda está menor em relação a outros anos.

Apesar da estabilidade no mercado físico do boi gordo, a relação de troca entre o boi gordo e a reposição apresentou melhora na última semana – O mercado físico do boi gordo seguiu em cenário de estabilidade nessa terça-feira, dessa forma, não houve alteração nas cotações de nenhuma praça brasileira monitorada. Na praça paulista o preço médio da arroba do boi, continua no patamar de R$ 290,00. Na B3, o contrato com vencimento para set/22 foi negociado a R$ 306,55/@, registrando uma movimentação negativa de 1,32%.

Por outro lado, nessa semana, a relação de troca entre boi gordo e reposição apresentou avanços em São Paulo, foram registrados ajustes positivos de 10,21% em relação à semana passada, isso porque enquanto bezerro obteve uma variação semanal de -3,81%, o boi gordo avançou, aumentando assim o poder de compra do recriador..

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, em estados como São Paulo foram relatadas negociações acima da referência média, principalmente no que diz respeito a animais que cumprem os requisitos de exportação com destino à China.

Em outros estados persiste o movimento de queda, a exemplo do Mato Grosso e do Pará, regiões em que as escalas de abate são mais confortáveis, posicionadas entre sete e nove dias úteis em média”, diz Iglesias.

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Foto: Marcio Peruchi / CompreRural

Como estão os abates em Mato Grosso?

Mato Grosso abateu, em agosto, 461,5 mil cabeças de gado de corte, queda de 0,14% em relação a julho, mas incremento de 2,71% ante agosto de 2021, informou, em boletim mensal, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), citando dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).

Quanto à variação nas macrorregiões do Estado, foi observado um movimento de queda no abate, especialmente nas regiões norte (-17,38%) e noroeste (-6,4%), “onde o sistema de cria tem maior destaque”, diz o Imea.

Já ao analisar as categorias, foi possível observar aumento na quantidade de machos abatidos, com 290,74 mil cabeças no período (+5,72% ante o mês passado). Esse resultado foi puxado especialmente pelos animais com menos de 24 meses (padrão China), que registrou aumento de 39,98% no mesmo comparativo. Por fim, para as fêmeas, houve queda de 8,74% no volume total ante julho deste ano, somando 170,80 mil cabeças abatidas. Com informações do IMEA.

Com informações da Agrifatto, Safras & Mercado e Imea MT

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