As cotações da carcaça casada de boi estão enfraquecidas no mercado atacadista da Grande São Paulo, conforme dados do Cepea.
Esse cenário é típico para este mês, visto que trata-se de um período em que o consumo diminui por conta das férias e das maiores despesas. No acumulado de janeiro (de 28 de dezembro a 17 de janeiro), a carcaça casada do boi (à vista) se desvalorizou 2,7%, fechando a R$ 10,10/kg nessa quarta-feira, 17.
Em relação ao boi gordo, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) fechou a R$ 147,20 ontem, ligeira alta de 0,82% no mesmo comparativo. No geral, segundo pesquisadores do Cepea, as negociações seguem em ritmo lento e compradores apresentam relativa dificuldade para o preenchimento das escalas.
Enquanto isso no Paraná
Sem JBS, Minerva e Marfrig, PR segue sem “pressão artificial” na @ e com novilha meio sangue dominando.
O pecuarista Lineu Gonçalves, de Paranavaí (PR), conta que o mercado do boi gordo na região tem preços que giram em torno de R$143/@ à vista, sem descontar o Funrural. Produtor de Paranavaí lembra que 2017 a @ estava com desempenho fora da curva, longe das praças afetadas pela crise da delação dos acionistas do JBS, naturalmente seguindo o ritmo de oferta/demanda do estado. Hoje @ a R$ 143/vista, para descontar, vem com alguma pressão porque teve oferta terminada em milho. Deverá voltar aos R$ 145 em fevereiro.
Houve oferta no mercado e os frigoríficos realizaram suas escalas, que, agora, estão confortáveis, para 28 a 30 de janeiro.
A maior oferta de gado no estado tem a ver com os preços baixos do milho, a partir dos quais muitos pequenos pecuaristas aproveitaram para terminar seus animais mais rápido.
No geral, a tendência baixista percorre todo o mês, patamar que deve se estabilizar, na visão de Gonçalves, já que há frigoríficos menores que não possuem essa escala e ainda se encontram no mercado.
Em fevereiro, o pecuarista acredita que os preços devem voltar para R$145/@. A oferta de boi gordo não é extensa, já que, em função dos pequenos pecuaristas, os novilhos prevalecem na região.
Gonçalves ainda comentou o mercado de bezerros e a necessidade de declarar o Paraná livre da febre aftosa sem vacinação.
As Informações são do Cepea e Notícias Agrícolas adaptadas pela equipe CompreRural.