Mercado de soja deve seguir lento, com dólar e Chicago em caminhos opostos

À tarde, tanto Chicago quanto o dólar reverteram, puxando as cotações para baixo. No geral, os negócios foram moderados.

O mercado brasileiro de soja deve seguir em ritmo lento nesta quarta, acompanhando de perto as oscilações dos principais fatores para a formação das cotações. Por enquanto, não há um cenário claro. Chicago sobe moderadamente e o dólar recua. Os prêmios estão firmes. As atenções seguem voltadas para o clima no Brasil e o relatório de sexta do USDA.

Os preços ficaram mistos no Brasil na terça-feira. O dia foi de volatilidade. Pela manhã, a movimentação era melhor, acompanhando o dólar e a Bolsa de Chicago. Foram registrados bons lotes em Paranaguá com pagamento em janeiro, negociados entre R$ 147 e 148 a saca. À tarde, tanto Chicago quanto o dólar reverteram, puxando as cotações para baixo. No geral, os negócios foram moderados.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 149,00 para R$ 147,00. Na região das Missões, a cotação diminuiu de R$ 147,00 para R$ 146,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 151,00 para R$ 150,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço cresceu de R$ 134,00 para R$ 135,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca valorizou de R$ 144,00 para R$ 145,00.

Em Rondonópolis (MT), o valor subiu de R$ 130,00 para R$ 131,00. Em Dourados (MS), a cotação se manteve em R$ 128,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 130,00.

Chicago

* Os contratos futuros da soja para janeiro apresentam alta de 0,42% a US$ 13,11 1/4 por bushel.

* O mercado busca um movimento de recuperação, após cair cerca de 7% desde meados de novembro, à medida que as chuvas e as previsões de mais precipitações em áreas de cultivo afetadas pela seca no Brasi

reforçaram as perspectivas de produtividade no maior fornecedor mundial da oleaginosa.

* O bom desempenho das bolsas de valores da Europa e a leve desaceleração do dólar contribuem para a reação.

* Além disso, os investidores já se posicionam frente ao relatório de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (8).

USDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá reduzir a sua estimativa estoques finais de soja em 2023/24 nos Estados Unidos e globais. Os números serão divulgados na sexta, às 14h.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 242 milhões de bushels em 2023/24. Em novembro, a previsão ficou em 245 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 100,3 milhões de toneladas, mantendo a previsão de novembro. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 112,9 milhões, contra 114,5 milhões projetados no mês passado.

Prêmios

* Os preços FOB da soja e os prêmios subiram ontem nos portos brasileiros, apesar da volatilidade dos contratos futuros em Chicago. A atividade seguiu lenta, mas há sinais de procura por compradores chineses, visando embarques para janeiro.

* Os prêmios de exportação da soja para dezembro estavam em 50 e 100 centavos de dólar acima sobre Chicago no final da terça no Porto de Paranaguá. Para fevereiro de 2024, o prêmio era de -35 a -20. Para março de 2024, o prêmio estava em -70 a -60 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

* O preço FOB (flat price) para fevereiro ficou entre US$ 474,50 e US$ 480,10 a tonelada na terça. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 474,50 e R$ 478,20.

Câmbio

* O dólar comercial opera com baixa de 0,13% a R$ 4,9190. O Dollar Index sobe 0,02% a 104,07 pontos.

Indicadores Financeiros

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,11%; Tóquio, +2,04%.

* As principais bolsas na Europa operam firmes. Paris, +0,46%; Frankfurt, +0,29%; Londres, +0,48%.

* O petróleo registra cotações mais baixas. O WTI para janeiro recua 0,85% a US$ 71,71 o barril.

Fonte: Agência Safras

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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