Uma das maiores fazendas de pecuária de corte do Brasil utiliza apenas reprodutores com alto desempenho selecionados pela central de inseminação Semex para a produção de carne de qualidade.
O mercado de carnes nobres vem crescendo no Brasil e deve ganhar proporções ainda maiores nos próximos anos. Mas, para garantir carne de qualidade nas gôndolas dos supermercados, o trabalho começa antes da porteira, ou seja, nas fazendas produtoras de animais para o abate. Isso incluiu investimentos em alimentação de qualidade para o gado, sanidade e genética bovina de ponta, selecionada especialmente para resultar em animais de alto desempenho.
Em São Miguel do Araguaia, no noroeste de Goiás, a Fazenda Nova Piratininga vem intensificando seu projeto de produção de carne de qualidade e, desde 2016, só insemina as vacas do rebanho com sêmen de touros que tenham características relacionadas à maciez e ao sabor da carne, além de bom ganho de peso. Para chegar aos reprodutores com esse perfil, a Nova Piratininga conta com o suporte técnico da Semex, maior central de inseminação artificial do mundo e fornecedora de todas as doses de sêmen da raça Angus utilizadas na estação de monta da fazenda. Recentemente, o gerente Global de Corte da Semex no Canadá, Myles Immerkar, visitou a propriedade para avaliar a qualidade e o desempenho dos primeiros bezerros nascidos das 20 mil fêmeas inseminadas com sêmen de touros da Semex. Ele esteve acompanhado do gerente de Corte do Grupo Semex, Antonio Carlos Sciamarelli Junior, e do gerente de Marketing, Eduardo Fey. “Foi uma oportunidade para conhecer todo o sistema de produção, o rebanho, e definir as prioridades da fazenda em relação ao tipo de genética que será preciso para atingir a produção de carne de qualidade. A busca é por touros com grande potencial para fertilidade, gordura positiva, Área de Olho de Lombo (AOL), ganho de peso, crescimento, peso de carcaça e marmoreio”, explica Myles Immerkar, que voltou para o Canadá com a incumbência de selecionar touros com essas características para que a Nova Piratininga possa melhorar ainda mais os seus índices de produção.
Com 135 mil hectares e 45 mil matrizes em idade reprodutiva, dentro de um rebanho total de 105 mil cabeças, a Nova Piratininga já utilizou sêmen de touros da Semex em duas estações de monta: a primeira ocorreu em 2016/2017 e, a segunda, em 2017/2018. Cerca de sete mil animais já chegaram à fase da desmama e estão tendo o desempenho acompanhado pelos técnicos da Semex. Essa avaliação seguirá por todas as etapas de produção (cria, recria e engorda em confinamento), finalizando no abate, quando serão verificadas características, como marmoreio e AOL, dentre outras. “Estamos avaliando desde a taxa de concepção até o ganho de peso dos produtos, separando os resultados por cada touro utilizado no projeto, para, depois, fazermos um comparativo entre eles. Com isso, saberemos se eles realmente conseguiram imprimir ao rebanho as características ligadas à produção de carne de qualidade”, diz o gerente de corte do Grupo Semex.
Para o gerente da Nova Piratininga, José Cláudio da Silva, os primeiros resultados mostram que a seleção dos touros pela Semex foi acertada. “Conseguimos produzir bezerros bem padronizados e com excelente ganho de peso à desmama. Os índices de fertilidade também foram muito bons”, anima-se José Cláudio.
Na primeira estação de monta, foi constatado um aumento de 3,8% no índice de prenhez em comparação à etapa do ano anterior, 2015/2016. Não há nada mais impactante na atividade pecuária do que a fertilidade do rebanho. E, para quem faz o ciclo completo, ser eficiente em todas as etapas é fundamental para ter lucro no negócio. Por isso, a Semex continuará identificando dentro da sua bateria de touros da raça Angus aqueles que se encaixam nas exigências estabelecidas pela fazenda, que é referência no mercado em produção de gado de alta qualidade e em grande volume.