A dinâmica entre compradores e vendedores permanece marcada pela cautela, com poucos produtores dispostos a flexibilizar suas ofertas.
O mercado brasileiro de arroz manteve-se arrastado nesta semana pré-Natal, refletindo a proximidade das festividades de fim de ano e uma notável redução na liquidez. “A oferta de arroz em casca no mercado doméstico foi pontual, enquanto a demanda apresentou um cenário marcado pelo recesso coletivo da maioria das unidades de beneficiamento”, destaca o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.
“A decisão de algumas empresas de prolongar os estoques, baseada na perspectiva de atraso na colheita da safra 2023/24 devido às condições climáticas irregulares, tem gerado certa presença ativa, mas bastante limitada, no mercado”, pondera o analista.
A dinâmica entre compradores e vendedores permanece marcada pela cautela, com poucos produtores dispostos a flexibilizar suas ofertas e a maioria mantendo pedidas elevadas. “Em Pelotas, na Zona Sul gaúcha, surgiram rumores de negócios com prazos estendidos, alcançando até R$ 138 pela saca de 50 quilos”, exemplifica Oliveira.
No Litoral Norte gaúcho, especulações indicaram transações da variedade nobre com mais de 62% de grãos inteiros, também com prazo, sendo concretizadas por valores que atingiram até R$ 148 por saca.
Neste contexto, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou cotada a R$ 124,72 na quinta-feira (21), apresentando um avanço de 1,21% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma alta de 9,05%. E um aumento de 36,54% quando comparado ao mesmo período de 2022.
Fonte: Agência Safras
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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