Mercado brasileiro de trigo tem poucos negócios com produtores focados nas lavouras

Safra nova, para mercado interno, base de compra a R$ 1.150/tonelada no FOB. No porto de Rio Grande/RS, sobre rodas, R$ 1.250/tonelada.

O mercado brasileiro de trigo teve mais uma semana de poucos negócios. Na quinta-feira, as indicações de compra no Rio Grande do Sul ficaram entre R$ 1.360 e R$ 1.400 a tonelada para a safra velha. Safra nova, para mercado interno, base de compra a R$ 1.150/tonelada no FOB. No porto de Rio Grande/RS, sobre rodas, R$ 1.250/tonelada. A base de compra no Paraná está entre R$ 1.430 e R$ 1.500 por tonelada. Segundo o analista de Safras & Mercado, Elcio Bento, os produtores seguem focados nos tratos culturais das lavouras e, em algumas regiões, avançando na colheita.

Conab

A colheita das lavouras da safra 2023/24 atingiu 11,6% da área estimada nos oito principais estados produtores do Brasil (Goiás, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul que representam 99,9% do total), conforme levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados recolhidos até 1 de setembro. Na semana anterior, a ceifa estava em 9,4%. Em igual período do ano passado, o número era de 11,7%.

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Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal, que a colheita da safra 2023/24 de trigo do estado atingiu 11% da área estimada de 1,155 milhão de hectares. Ela deve ficar 18% abaixo dos 1,415 milhão de hectares cultivados em 2023.

Segundo o Deral, 36% das lavouras apresentam boas condições, 36% situação média e 28% ruins, entre as fases de crescimento vegetativo (8%), floração (13%), frutificação (36%) e maturação (43%). No dia 26 agosto, a colheita tinha 6% dos trabalhos concluídos, com 52% das lavouras em boas condições, 32% em situação média e 26% ruins, nas fases de crescimento vegetativo (10%), floração (17%), frutificação (35%) e maturação (37%).

Rio Grande do Sul

A maior parte das lavouras de trigo (56%) do Rio Grande do Sul está nas fases finais do desenvolvimento vegetativo. Segundo a Emater/RS, 30% estão em floração; e 14%, em formação de grãos. Na última semana, a cultura foi favorecida pela elevação da radiação solar, combinada a condições de baixa umidade e temperaturas frias ou moderadas.

As geadas ocorridas nos dias 25, 26 e 27 de agosto causaram apenas danos pontuais nas lavouras do estado, que ainda estão em processo de avaliação. O manejo intensivo de fungicidas, aliado ao período seco e mais ensolarado, foi eficaz na contenção da progressão de doenças, especialmente oídio, que tem sido a principal preocupação fitossanitária.

A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista está em 3.100 kg/ha.

Argentina

A situação hídrica das lavouras de trigo da Argentina melhorou na última semana, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Com aumentos significativos da oferta de umidade no centro-leste e no sul da área agrícola, no norte e no oeste a situação é cada vez mais deficitária. O desenvolvimento das lavouras está atrasado devido às baixas temperaturas. As zonas atingidas por chuvas recentemente recebem aplicações de fertilizantes. Espera-se que, com o aumento das temperaturas, essas áreas melhorem e tenham alto potencial. A área é estimada em 6,3 milhões de hectares. No ano passado, foram plantados 5,9 milhões de hectares.

Fonte: Agência Safras

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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