Mercado brasileiro da soja encerra semana com poucos negócios

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, com o dólar e Chicago voláteis, compradores e vendedores saíram das negociações. Confira o fechamento!

O mercado brasileiro de soja operou em ritmo de lentidão nesta sexta-feira, 4. Os preços seguiram comportamento regionalizado e praticamente não houve negócios. Com dólar e Chicago voláteis, compradores e vendedores saíram do mercado.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 141 para R$ 140. Na região das Missões, a cotação foi de R$ 139. No porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 138 para R$ 137,50.

Em Cascavel, (PR), o preço passou de R$ 132 para R$ 132,50 a saca. Já no porto de Paranaguá (PR), os valores recuaram de R$ 137 para R$ 136.

Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 133. O mesmo preço foi observado em Dourados (MS). Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 125 para R$ 128.

Comercialização

A comercialização da safra 2019/20 de soja do Brasil envolve 97,9% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até 4 de setembro. No relatório anterior, com dados de 7 de agosto, o número era de 95,7%.

Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 85,8% e a média para o período é de 86,3%. Levando-se em conta uma safra estimada em 125,339 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 122,662 milhões de toneladas.

A venda antecipada para 2020/21 pulou de 43,3% no início de agosto para 49,3%. A comercialização da safra futura está bem acelerada na comparação com o ano anterior, quando o índice era de 20,8%, e também supera a média normal para o período, de 20,9%.

Com a próxima safra projetada em 1321,171 milhões de toneladas, o total já comprometido por parte dos produtores chega a 65,092 milhões de toneladas, antes mesmo do início do plantio.

Preços da soja registram décima alta seguida em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, 4, com preços em alta. Foi a décima sessão consecutiva de elevação em Chicago, renovando a máxima para posição novembro desde 14 de janeiro.

O cenário fundamental mais uma vez ganhou a disputa com o movimento técnico de realização de lucros. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de 318 mil toneladas de grãos para a China e de 175 mil toneladas de farelo para as Filipinas.

A demanda pela soja americana segue sendo ponto fundamental para sustentação das cotações. O clima nos Estados Unidos também tem papel importante na definição desse comportamento. A falta de chuvas faz o mercado revisar a cada dia as suas expectativas de produção.

Com o feriado na segunda – Dia do Trabalho nos EUA – e em pleno mercado de clima, os investidores optaram por posicionar suas carteiras.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 2 centavos ou 0,2% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,68 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 9,73 por bushel, com ganho de 1,25 centavo ou 0,12%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 4,40 ou 1,4% a US$ 317,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 32,89 centavos de dólar, baixa de 0,40 centavo ou 1,2%.

Por Agência Safras

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