Mato Grosso inicia ciclo do milho segunda safra com vento soprando a favor

Já no Paraná e no Mato Grosso do Sul, as semeaduras  ocorreram fora da janela ideal e a umidade do solo registrada está abaixo da média.

O ciclo do milho segunda safra no Mato Grosso iniciou com pé direito, conforme aponta o monitoramento da EarthDaily Agro. Os dados de sensoriamento remoto mostram que as lavouras estão com a umidade do solo e o vigor das plantas (NDVI) acima da média, cenário favorável para o desenvolvimento das lavouras.

No Mato Grosso do Sul, porém, o cenário é diferente. Há um atraso no plantio do milho segunda safra em cerca de 25% da área do estado, em comparação com a temporada anterior. Para os próximos dias, os dados mostram baixa precipitação, favorecendo o avanço das operações de campo, mas mantendo a umidade do solo abaixo da média.

“Caso similar também ocorre no Paraná. Nas últimas semanas o volume de chuvas diminuiu no estado, o que permitiu o trabalho de campo. Mesmo assim, o plantio do milho está atrasado em relação ao ano anterior. Além disso, o volume de chuva acumulado e a umidade do solo, considerando desde 01 de março, estão similares ao ano de 2021, quando a produtividade apresentou quebra de 48%. Nessa situação, serão  necessárias mais chuvas no médio e longo prazo para o desenvolvimento adequado das lavouras” explica oanalista de culturas, Felippe Reis.

No Sudeste, o Estado de São Paulo registrou alto volume de chuvas desde fevereiro, mantendo lento o ritmo das operações de campo, a umidade do solo está acima da média. Até o momento, o plantio do milho de segunda safra atingiu 70% da área estimada, comparado a temporada anterior, de acordo com informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Já em Minas Gerais, o mês de março registrou volume de chuvas bem abaixo da média, no entanto, superior aos últimos dois anos. A umidade do solo está dentro da média. Os modelos climáticos mostram divergência de dados para estes dois estados nos próximos dias.

Enquanto o modelo americano (GFS) aponta para volta das chuvas no curto prazo, favorecendo o aumento da umidade do solo, o modelo europeu (ECMWF) indica baixa precipitação, fator que deve beneficiar o avanço das operações de campo.

Fonte: Assessoria EarthDaily Agro

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