Vitória de Donald Trump nos EUA, ajuste fiscal no Brasil e efeito do clima sobre as produções são alguns dos tópicos para observar.
Ponto 1: efeito do clima na safra brasileira
As chuvas demoraram um pouco, mas elas vieram com força e os plantios estão com desempenhos excelentes. As expectativas tanto da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) quanto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) são muito boas para a nossa produção. Na soja, o USDA estima que teremos 169 milhões de toneladas e no milho 127 milhões de toneladas. Sinal de muito grão pela frente.
Ponto 2: Manter o radar na reta final da colheita dos Estados Unidos
O relatório de oferta e demanda mundial do USDA de novembro trouxe reduções nas produções de milho e soja americanos no comparativo com outubro. Na soja, a produção esperada anteriormente em 124,7 milhões de toneladas foi reduzida para 121,4 milhões. No milho, a projeção passou de 386,2 milhões de toneladas para 384,6 milhões.
Ponto 3: efeitos da vitória de Trump
O resultado das eleições norte-americanas com ampla vitória de Donald Trump pode afetar o cenário de acordos comerciais, tarifas e barreiras para as exportações do agro brasileiro. Se Trump adotar uma linha mais protecionista, com elevação de barreiras comerciais, pode ter mais inflação e necessidade de aumento de juros, o que impactaria a linha de desvalorização do real e a redução dos fluxos de comércio. Como efeito, pode ter uma desaceleração do crescimento da China. Também se espera redução de impostos, o que agravaria o déficit fiscal, além de haver um menor apoio ao multilateralismo (cooperação entre múltiplos países) na questão ambiental, de segurança e outros aspectos.
Ponto 4: ajuste fiscal no Brasil
Do lado brasileiro, o que poderia trazer uma valorização do real seria a apresentação do plano fiscal do governo federal, dependendo da credibilidade atribuída pelo mercado. Além disso, temos que observar também o impacto do aumento das taxas de juros nas atividades do agro, pois pode haver uma valorização do câmbio até o final do ano.
Ponto 5: acompanhar boi, café, cana e laranja
Com demandas fortes e problemas de oferta, todas essas commodities estão em um momento de aumento de preços. No boi, todos os recordes de exportação estão sendo batidos consecutivamente. Na cana, o mercado observa ainda os impactos das secas e queimadas nos canaviais ao passo que olham para uma Índia usando cada vez mais etanol. Além disso, o cenário climático também impactou o café e a laranja.
Fonte: Agro Estadão
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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