A deputada indígena Silvia Waiãpi (PL/AP) expressou preocupação com as possíveis consequências econômicas caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete o projeto do Marco Temporal
A deputada indígena Silvia Waiãpi (PL/AP) expressou preocupação com as possíveis consequências econômicas caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete o projeto do Marco Temporal, que foi aprovado na Câmara e no Senado e agora aguarda a presidência. Silvia alertou que, se o projeto for vetado, o Brasil corre o risco de enfrentar sérios problemas econômicos.
O projeto de lei estabelece o dia 5 de outubro de 1988 como o marco para a demarcação de terras indígenas no país, com base na data de promulgação da Constituição Federal. De acordo com a deputada, que é oriunda da tribo Waiãpi no Amapá, o desenvolvimento econômico do Brasil é fortemente impulsionado pelo agronegócio, e o veto ao projeto poderia levar a um aumento na fome e na insegurança alimentar no país.
Silvia ressaltou a importância de manter e respeitar a Constituição Federal como Marco Temporal, enfatizando que a Constituição de 1988 reconheceu o direito dos indígenas às terras tradicionalmente ocupadas. Ela afirmou que o dado estabelecido no documento é um marco moral, considerando que não é possível voltar à época de 1500, quando o Brasil começou a ser colonizado por portugueses.
O projeto do Marco Temporal foi aprovado com 283 votos a favor e 155 contrários na Câmara dos Deputados. No entanto, os críticos do projeto argumentam que definir um dado para a demarcação de terras indígenas desconsidera as lutas e conquistas dessas pessoas, bem como as dificuldades que enfrentarão ao longo dos anos.
A decisão de Lula sobre o projeto é aguardada até hoje (20), e a polêmica em torno do Marco Temporal continua a dividir opiniões no Brasil. A discussão sobre o tema se intensificou, uma vez que o Brasil busca equilibrar questões indígenas com desafios econômicos e ambientais.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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