Conforme destacado pelo secretário de Política Agrícola, Neri Geller, à medida que a colheita avança, cresce a probabilidade de uma redução na produção de soja.
Durante sua missão oficial nos Estados Unidos, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, reconheceu que a safra de soja no Brasil ficará abaixo de 145 milhões de toneladas. Ele contestou o último dado oficial da Conab, que divulgou um volume de 149 milhões de toneladas na semana passada, classificando-o como conservador demais.
Geller argumentou que, com o avanço da colheita de soja, a tendência é de uma redução ainda mais significativa na produção. Vale ressaltar que a projeção inicial da Conab no início do ciclo era de 162 milhões de toneladas.
Enquanto participa do 100º Agricultural Outlook Forum, um evento promovido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Arlington (VA), o secretário também abordou as primeiras observações sobre a extensão da nova safra norte-americana e as previsões para as médias de preços das principais commodities agrícolas em 2024.
De acordo com Geller, a decisão dos Estados Unidos de reduzir a área plantada de milho em 3,8%, passando de 38,28 milhões para 36,82 milhões de hectares, pode ser um fator positivo para as cotações no Brasil, que continuam em queda.
Embora não resolva completamente a questão dos preços em baixa, essa medida pode fornecer algum alívio. Quanto à soja, que está prevista para ganhar mais espaço nos Estados Unidos em 2024, o secretário adota uma postura cautelosa.
Ele destaca a importância de aguardar as definições sobre a safra e as possíveis quedas na produção no Brasil. De acordo com as estimativas do USDA para as exportações de soja e milho pelos Estados Unidos – 51 milhões e 55 milhões de toneladas, respectivamente – o Brasil tende a manter sua posição de líder nos embarques globais de soja.
A continuidade como o principal exportador de milho dependerá especialmente da safra brasileira de milho, especialmente da segunda safra, podendo manter a liderança ou retornar à segunda posição.
No ano de 2023, o Brasil enviou ao exterior 102 milhões de toneladas de soja e 56 milhões de toneladas de milho. Mesmo diante de uma safra nacional robusta, o país provavelmente permanecerá como líder nas exportações de soja. Quanto à posição de maior exportador de milho, essa competição acirrada será decidida saca a saca, com os Estados Unidos.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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