Mapa investiga soluções para o desafio da baixa produtividade de soja em MT

A falta de chuvas e o clima seco resultaram na redução da produtividade em lavouras do estado, diminuindo-o em aproximadamente 30 dias.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), liderado pelo ministro Carlos Fávaro, está dedicando esforços para desenvolver medidas que possam oferecer suporte aos produtores de soja em Mato Grosso, enfrentando os desafios de uma colheita inicial com baixa produtividade na safra 2023/24. Em algumas propriedades do estado, a colheita da oleaginosa surpreendeu ao começar aproximadamente 30 dias antes do esperado, resultando em uma média de produtividade entre 10 e 20 sacas por hectare, conforme relatos.

O impacto do clima seco e da escassez de chuvas regulares, associados ao fenômeno El Niño, não apenas atrasou a semeadura da soja em Mato Grosso, mas também encurtou o ciclo de maturação da cultura.

Conforme abordado pelo Canal Rural Mato Grosso, os registros de colheita da safra 2023/24 datam desde meados de novembro. O início das atividades de colheita nas plantações do estado, geralmente previsto entre os dias 20 e 31 de dezembro, varia de acordo com a região produtora. O desafio atual demanda atenção e soluções estratégicas para enfrentar as adversidades climáticas e garantir o suporte necessário aos agricultores locais.

Em um vídeo divulgado, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, expressa profunda preocupação com a situação crítica em Mato Grosso, classificando-a como “grave” e “muito preocupante”.

“Vamos imediatamente convocar nossas equipes técnicas e iniciar discussões e ações com as autoridades mato-grossenses e os produtores para implementar medidas excepcionais. Um momento de excepcionalidade requer ações excepcionais. É isso que faremos para minimizar os impactos sobre esses produtores e a economia do estado” afirma o ministro.

O auxílio não se limita a Mato Grosso, pois o ministro Carlos Fávaro destaca o compromisso do presidente Lula em não deixar os produtores enfrentarem grandes dificuldades devido às mudanças climáticas em outros estados.

Em resposta às adversidades climáticas causadas pelo El Niño, o Ministério da Agricultura e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) autorizaram recentemente a prorrogação do plantio de soja no estado até 13 de janeiro de 2024, atendendo a uma solicitação do setor produtivo. O prazo original de encerramento da semeadura da oleaginosa era 24 de dezembro.

Um levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revelou uma área estimada de 12,131 milhões de hectares para a safra 2023/24 de soja em Mato Grosso. Embora ligeiramente abaixo da previsão de novembro, essa extensão ainda está acima dos 12,122 milhões de hectares da safra 2022/23.

O Imea explica que o recuo na área é resultado do elevado percentual de replantio identificado no levantamento com os agentes de mercado, estimado em 5,04% em relação à área total prevista para o estado.

Considerando o clima mais quente nos últimos meses, com registros de mais de 60 graus no solo e longos períodos sem chuvas em vários municípios de Mato Grosso, devido ao El Niño, o desenvolvimento das lavouras tem sido impactado. Em alguns talhões, já é observado o encurtamento do ciclo da soja, fator que pode comprometer o potencial produtivo da planta.

Assista ao vídeo do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro:

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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