Mapa apresenta aos BRICS programa de conversão de pastagens degradadas do Brasil

O BRICS estendido, formado agora por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Irã, Egito e Etiópia, visa fortalecer a cooperação econômica, política e cultural entre suas nações.

Na 14ª Reunião de ministros da Agricultura do BRICS, na última semana, o Brasil, representado pelo secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Julio Ramos, apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas. O BRICS estendido, formado agora por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Irã, Egito e Etiópia, visa fortalecer a cooperação econômica, política e cultural entre suas nações.

Durante o encontro em Moscou, o secretário-adjunto destacou a relevância da agricultura sustentável para a segurança alimentar global, enfatizando o papel da ciência, inovação e tecnologia na transformação da agricultura brasileira. Ele mencionou o Plano ABC, que visa reduzir emissões e aumentar a captura de carbono, e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em áreas agricultáveis, projetado para recuperar milhões de hectares sem desmatamento.

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Na sessão sobre comércio de grãos, Julio Ramos defendeu um sistema multilateral de comércio justo e eficiente, sem barreiras tarifárias e não-tarifárias, e reforçou o fortalecimento da OMC para promover um comércio de grãos que beneficie todas as nações, especialmente as mais vulneráveis. Ainda foi reafirmado o compromisso do Brasil em colaborar com os BRICS para desenvolver ferramentas de comércio equitativas e sustentáveis.

Declaração conjunta

A declaração conjunta dos ministros no final do evento reforçou a importância da segurança alimentar e nutrição, destacando a necessidade de aumentar a produtividade agrícola e promover o desenvolvimento rural, especialmente para grupos vulneráveis. Os ministros enfatizaram a urgência de enfrentar desafios como desastres naturais, mudanças climáticas, desigualdades e conflitos, além de evitar restrições comerciais unilaterais.

Os ministros reconheceram a importância de fortalecer o comércio agrícola para alcançar o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar, promovendo um sistema de comércio multilateral justo e transparente. Comprometeram-se a evitar barreiras injustificadas ao comércio, promover a cooperação entre os BRICS, criar uma plataforma de comércio de grãos, desenvolver métodos agrícolas sustentáveis, trocar tecnologias emergentes e promover a conservação da biodiversidade.

“Durante a reunião na Rússia, destacamos a evolução da agricultura brasileira, que se torna cada vez mais sustentável e diversificada, avançando com ciência, tecnologia e inovação. Dialogamos ainda com o setor privado dos países membros do BRICS, apresentando nossos programas de conversão de pastagens de áreas degradadas em áreas agricultáveis e o Plano Agricultura de Baixo Carbono, que mitigará 1 bilhão de toneladas de carbono equivalente. O Brasil está comprometido em combater a insegurança alimentar, facilitar o livre comércio, gerar empregos e renda, e oferecer ao mundo uma agricultura sustentável, próspera e equitativa, preservando 66% de seu território com florestas e matas nativas”, destacou o secretário-adjunto do Mapa, Julio Ramos.

Mapa apresenta aos BRICS programa de conversão de pastagens degradadas do Brasil
Foto: Divulgação

Reunião bilateral

Ainda em Moscou, o secretário-adjunto do Mapa participou de uma reunião com o vice-ministro de Agricultura da Rússia, Sergei Levin, e destacou as excelentes relações bilaterais e o potencial para aumentar parcerias e cooperação. Foram discutidas pautas sanitárias, incluindo o acesso ao mercado da União Euroasiática para ovos e ovoprodutos, a habilitação de plantas de carne suína e de frango, e a retirada da reinspeção de produtos cárneos nos portos brasileiros.

A missão do Mapa teve ainda a participação do Diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, e do adido agrícola na Rússia, Marco Túlio Santiago.

Fonte: Mapa

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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