Mão de obra qualificada na pecuária está em falta, aponta estudo

A falta de mão de obra qualificada para a lida no campo é um dos maiores desafios para manutenção da competitividade de uma fazenda de bovinocultura de corte e de leite.

É o que apontam os primeiros dados da pesquisa “Raio-X da pecuária brasileira”, elaborada pela DSM.

Os resultados iniciais do levantamento foram apresentados pelo diretor de marketing do segmento de ruminantes da empresa, Juliano Sabella Acedo, durante o “Simpósio Internacional de Vitaminas e Tecnologias”, que se encerrou nesta quarta-feira (15), em Guarulhos (SP).

“Uma das grandes preocupações do pecuarista hoje é com a qualidade da mão de obra na fazenda. Parte importante da produção depende do uso correto das tecnologias para que os funcionários consigam desempenhar bem suas tarefas”, ressaltou Sabella. “Há um desafio constante de se levar informação, conhecimento sobre tecnologia para o campo.”

Até o momento, a pesquisa envolveu cerca de 1,5 mil fazendas de gado de corte e de leite – de pequeno, médio e grande porte – espalhadas pelos principais polos de pecuária do País: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Pará e São Paulo. De acordo com o executivo, o objetivo é alcançar três mil propriedades.

Os imóveis rurais consultados abrigam aproximadamente três milhões de animais e ocupam cerca de quatro milhões de hectares. Nas fazendas de gado de corte, a predominância foi para a raça Nelore, seguida da Angus. Nas propriedades de leite, destaque para o gado holandês, com o girolando surgindo na segunda posição.

Além da mão de obra, o levantamento também destaca custos de produção e preços recebidos como outras duas grandes preocupações dos produtores, que citaram ainda pressões ambientais, trabalhistas e fundiárias; infraestrutura logística; assistência técnica; sucessão; crédito, como outros itens que geram apreensão no dia a dia da atividade.

Ademais, segundo Sabella, a pesquisa verificou, ainda, aumento da intenção de confinamento para este ano, e que a fase da recria está perdendo terreno na cadeia produtiva pecuária, devido ao encurtamento do ciclo de abate.

Reprodução InfoMoney

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