A manifestação da mancha parda tende a ser mais severa no final do ciclo de crescimento da soja, especialmente durante o estádio de enchimento dos grãos.
O Brasil ocupa a posição de líder global na produção de soja, um título confirmado pela Foreign Agricultural Service (FAS). Esta posição de destaque ressalta não apenas o papel vital da soja no dinamismo econômico do país, através da geração de renda e de empregos, mas também sublinha a relevância de salvaguardar essas lavouras contra ameaças como a mancha parda na soja.
Dado esse contexto, é crucial estar ciente dos riscos que ameaçam o cultivo da soja, de modo que medidas eficazes possam ser implementadas para proteger as plantações e assegurar sua saúde e produtividade.
Entre as várias ameaças está a mancha parda, uma doença fúngica que demanda vigilância e intervenção adequada por parte dos agricultores. Este artigo se dedica a explorar a natureza da mancha parda, identificar seus sintomas e discutir estratégias para o manejo dessa enfermidade.
Continue conosco até o fim deste texto para obter uma compreensão completa sobre como combater a mancha parda e garantir a saúde das lavouras de soja.
Entendendo a mancha parda na soja
Referida anteriormente, a mancha parda é uma enfermidade fúngica que afeta a soja, causada pelo fungo Septoria glycines. Esta doença é uma das mais antigas e persistentes que atacam as folhas da soja, representando uma significativa ameaça para a cultura.
A doença tem uma distribuição ampla pelo Brasil, desenvolvendo-se predominantemente em ambientes de clima tropical. As condições ideais para o seu desenvolvimento incluem temperaturas variando de 15ºC a 30ºC, com um ótimo de 25ºC, e elevados níveis de umidade.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para que ocorra a infecção, as folhas precisam permanecer úmidas por pelo menos 8 horas. Embora a presença do fungo em sementes seja rara, ele sobrevive e se propaga principalmente através de resíduos de culturas anteriores, sendo disseminado pelo vento e pelas gotículas de água da chuva.
A manifestação da mancha parda tende a ser mais severa no final do ciclo de crescimento da soja, especialmente durante o estádio de enchimento dos grãos. Isso sublinha a importância de controlar a doença, pois ela pode afetar diretamente tanto a quantidade quanto a qualidade da produção de soja.
Contudo, é importante notar que apesar de seu pico de incidência no final do ciclo, a mancha parda tem potencial para infectar a lavoura em qualquer fase de desenvolvimento, incluindo as etapas iniciais.
Identificação e impactos da mancha
A mancha parda se manifesta inicialmente em plantas de soja cerca de duas semanas após o fungo entrar em contato com a planta. Os primeiros indícios da doença são pequenas manchas de aproximadamente 1 mm de diâmetro, de cor marrom-avermelhada, tipicamente nas folhas unifoliadas.
À medida que a doença progride, as lesões se expandem para as folhas trifoliadas. Neste estágio, as manchas exibem halos amarelos e centros angulares pardo na parte superior da folha e um tom rosado na inferior.
A progressão da mancha parda resulta em um ciclo repetido de infecção, conhecido como ciclo policíclico, que acarreta desfolha e maturação precoce das plantas. Se não for diagnosticada e controlada adequadamente, essa doença pode causar reduções significativas na produtividade da lavoura, resultando em grandes prejuízos econômicos para os agricultores. A detecção precoce e o manejo eficaz são, portanto, cruciais para minimizar seus impactos negativos.
Estratégias para o manejo da mancha
Devido à capacidade da mancha parda de persistir em resíduos de plantas e sua prevalência no final do ciclo de cultivo, é fundamental que os produtores adotem práticas de manejo cultural eficazes. Uma das técnicas mais recomendadas é a rotação de culturas, que ajuda a minimizar a presença contínua do fungo nas lavouras. Além disso, considerando que a doença é fúngica, o uso de fungicidas é outra medida crucial.
Concluindo, a mancha parda é uma ameaça significativa para as lavouras de soja, especialmente considerando seu impacto na produtividade e na qualidade dos grãos. Portanto, é vital que os produtores estejam bem-informados e preparados para implementar estratégias eficazes de manejo dessa doença. A adoção da rotação de culturas desempenha um papel crucial na redução da persistência do fungo nos campos.
O manejo proativo, combinando práticas culturais e químicas, é essencial para manter a saúde das lavouras de soja e assegurar a sustentabilidade e lucratividade da agricultura. Com o conhecimento adequado e a implementação de medidas preventivas e curativas, os agricultores podem proteger suas plantações contra a mancha parda e garantir a prosperidade de suas operações no longo prazo
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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