Mais uma alta e arroba valendo R$ 203, vamos pra cima!

No aplicativo AgroBrazil, os participantes informaram negócios de R$ 203,00/@, à vista e com data para o abate em 15 de janeiro. Pra cima pecuária!

Nesta terça-feira (07), os vencimentos futuros para o boi gordo finalizaram a sessão com ligeiros recuos na Bolsa Brasileira (B3). Os principais contratos registraram desvalorizações por volta de 1,23% a 1,51%, sendo que o janeiro/20 terminou o dia cotado a R$ 196,50/@/@. Já o fevereiro/20 foi negociado a R$ 195,00/@ e o Março/20 encerrou precificado a R$ 192,15/@.

No mercado físico, o valor negociado para o boi gordo na localidade de São Félix do Xingu/PA foi de R$ 180,00/@, à vista e com data para o abate em 14 de janeiro. No aplicativo AgroBrazil, os participantes informaram negócios na região de Auriflama/SP de R$ 203,00/@, à vista e com data para o abate em 15 de janeiro.

Por mais que a oferta de animais está restrita não tem espaço para altas expressivas da arroba, visto que o início do mês é marcado baixo consumo da população. No entanto, as cotações registraram aumento em algumas praças como no triângulo mineiro, Mato Grosso do Sul e Goiás.

“Estamos tentando entender o diferencial de base ainda, tendo em vista que todas as praças tiveram recuperações relevantes e só São Paulo que foi ao contrário. Boa parte disso é reflexo do número de negócios reduzidos neste início do ano”, relatou em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho.

Segundo o levantamento realizado pela a Scot Consultoria, as referências para a arroba registraram mais movimentações nesta terça-feira (07). “Em nove praças foram registradas valorizações na cotação do boi gordo, e em sete os preços caíram. Dentre as regiões cujos preços subiram, o Pará ganha evidência, principalmente na região de Marabá e Redenção”, destacou em seu relatório de mercado.

Exportação

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) informou que as exportações totais de carne bovina in natura em 2019 alcançaram um novo recorde, tendo em vista que o volume embarcado somou 1,85 milhão de toneladas (incluindo o produto in natura e processado).

A consultoria Agrifatto aponta que o volume recorde exportado foi impulsionado pela a demanda chinesa, que teve seu rebanho comprometido pela a epidemia de peste suína africana. “O mercado chinês importou 7% de toda carne bovina brasileira, se tornando o principal destino desta proteína. Foram importadas 494,08 mil toneladas (alta de 53,2% frente o volume importado em 2018)”, ressaltou a consultoria.

Atacado

O consumo de carne no começo de ano costuma ser impactado negativamente pelo elevado grau de comprometimento financeiro da população e, consequente, menor poder aquisitivo, momento este que exige maior cautela entre os frigoríficos. O aplicativo AgroBrazil informou que os preços do boi casado no estado de São Paulo estão ao redor de R$ 13,50/kg e a vaca casada está precificada a R$ 12,25/kg.

De acordo com a Informa Economics FNP, a inconsistência das vendas de carne no atacado e a preocupação com formação de estoques nas câmaras frias têm colocado a maior parte das indústrias frigoríficas na defensiva, as quais buscam delinear uma estratégia de compra de gado para os próximos dias, sobretudo com a chegada da segunda quinzena de mês. 

A Scot Consultoria realizou um levantamento sobre os preços de todos os cortes de carne bovina, na qual registrou um aumento de 6,5% em 2019 frente ao observado em 2018. Em curto prazo, a consultoria aponta que os preços devem seguir o movimento de acomodação no atacado. Ao longo de janeiro, o comportamento das cotações dependerá dos resultados das vendas de final de ano e da necessidade de reabastecimento do varejo.

Fonte: Notícias Agrícolas

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