A maior experiência de desenvolvimento de plantação de cana-de-açúcar totalmente irrigada do Nordeste brasileiro está completando 50 anos.
Quando o Grupo JCPM vendeu suas ações para o holandês Royal Arroud, a empresa foi repassada aos acionistas da Agrovale que passaram a ocupar toda a extraordinária macha de solo original apenas com cana de açúcar consolidando sua própria tecnologia para essa cultura.
Deu certo. Nos últimos anos, a incorporação de tecnologia só fez crescer criando uma marca da sustentabilidade e presença determinante no desenvolvimento social e econômico do Vale do São Francisco.
Em 1989, ela se tornou a maior produtora de açúcar, etanol e bioeletricidade da Bahia, e vem se destacando também por uma série de projetos com foco no meio ambiente que lhe levou a uma série de conquistas no setor bioenergético nacional entre eles Prêmio MasterCana Brasil 2020 na categoria ‘Usina do Ano – Preservação Ambiental.
Desde 2019, ela vem implementando tecnologias que promovem a redução de emissões de CO2 por meio do aumento da capacidade de produção de biocombustíveis, no caso o etanol mirando a emissão e comercialização de créditos de descarbonização, os CBIOs, através da certificação de produção e importação eficiente de biocombustíveis, o Renovabio.
Um empreendimento com essas dimensões, naturalmente, acabou atraindo o interesse das instituições de pesquisas agrícolas da região o que levou a uma série de parcerias com instituições como a Univasf e IF Sertão.
Segundo o vice-presidente da Agrovale, Denisson Flores, há 15 anos, a companhia iniciou um projeto de repovoamento das espécies da flora nativa da Caatinga que já lhe permitiu doar mais de 370 mil mudas a exemplo de espécies como aroeira, ingazeiro, jatobá, umbuzeiro e caraibeira para, ao menos, 45 municípios dos estados da Bahia, Pernambuco, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
Ela também desenvolve uma outra iniciativa social com a doação da palhada (alimento animal volumoso decorrente da produção de cana-de-açúcar), que já beneficia 51 mil pequenos produtores rurais de 16 municípios da região.
Um projeto com as características como da Agrovale permite a aplicação de mecanização intensiva no campo de modo a escalar sua produtividades.
Segundo Denisson Flores, esse investimento objetiva, essencialmente, a diminuição da queima controlada da palha da cana e a redução da incidência de fuligem, que vem ocorrendo em menor proporção em comparação a anos anteriores.
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A empresa partiu para a aquisição dos novos equipamentos vai ampliar um programa da empresa, com custos anuais de R$ 40 milhões, para adequação agronômica dos terrenos visando tornar os campos compatíveis com a colheita mecanizada.
A mecanização da colheita da cana aumenta o rendimento operacional, a produtividade e diminui custos em até 20%, já que a colheita mecanizada permite, em média 400 toneladas de cana por dia e deixa no campo a palhada, que além de conservar o solo, o excedente vem sendo doado para alimento animal às associações de pequenos criadores de caprinos, ovinos e bovinos de vários municípios da região.