
Com mais de R$ 3 bi no tanque, Inpasa acelera produção de etanol e olha além do milho; Porém, é importante esclarecermos que, com a conclusão da expansão da unidade de Sinop-MT, ela (a planta de Sinop) se tornará a maior unidade industrial produtora de etanol de milho do mundo
No Brasil, o etanol de milho tem ganhado espaço e crescido significativamente nos últimos anos. Historicamente, o Brasil é um dos maiores produtores de etanol no mundo, mas a maior parte de sua produção tradicionalmente provém da cana-de-açúcar. No entanto, à medida que o cereal ganha cada vez mais importância no país como matéria-prima do biocombustível, o etanol de milho começou a se tornar uma alternativa complementar importante, especialmente nas regiões onde a cana-de-açúcar não é tão viável. Nesse contexto, destaca-se o Grupo Inpasa, a maior produtora de etanol de milho da América Latina e quarta maior do mundo.
Nos próximos meses, as cinco unidades da Inpasa, maior produtora de etanol de milho do Brasil, ganharão reforço de peso. A companhia segue, também, para inaugurar mais duas plantas, uma em Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, e outra em Balsas, no Maranhão. Com mais de R$ 3 bi no tanque, Inpasa acelera produção de etanol e já olha além do milho.
Com as unidades, que foram anunciadas entre o final do ano passado e o começo deste ano, a empresa dará um salto na produção. A capacidade de processamento subirá de 7,5 milhões de toneladas para 12 milhões de toneladas de grãos por ano, resultando em cerca de 5 bilhões de litros do biocombustível, um crescimento de mais de 40% sobre os atuais 3,5 bilhões. A companhia produzirá, dessa forma, anualmente 5 bilhões de litros de etanol, 1.250 milhão tonelada de DDGS, 150 milhões de litros de óleo de milho.
“Ficamos muito felizes com todo o interesse nesta publicação. É fato que estamos vivenciando um belo período de expansão, fruto do trabalho de muita gente”, anunciou a empresa.
Criada no Paraguai em 2007, a Inpasa atua no Brasil desde 2018. Aqui, foi uma das pioneiras a vislumbrar o potencial do etanol de milho e tem feito investimentos consistentes. Atualmente, a empresa conta com duas unidades no Paraguai e três no Brasil, sendo duas em Mato Grosso, em Sinop e Nova Mutum, e uma no Mato Grosso do Sul, em Dourados.
Antes mesmo da conclusão de suas novas instalações, a Inpasa já demonstra um forte comprometimento financeiro com o setor de biocombustíveis. A empresa anunciou um investimento inicial de R$ 1,2 bilhão para a construção de uma planta em Sidrolândia no ano passado. Recentemente, esse valor foi ampliado em R$ 800 milhões, elevando o total investido para impressionantes R$ 2 bilhões.
Rafael Ranzolin, vice-presidente da Inpasa, compartilhou com o AgFeed detalhes sobre o impacto desse aporte financeiro. “Esse investimento permite dobrar a capacidade de moagem da unidade, que saltará de uma previsão inicial de 1 milhão de toneladas para 2 milhões de toneladas anualmente“, explicou Ranzolin. Ele também destacou que essa expansão resultará na produção de cerca de 800 milhões de litros de etanol por ano, enfatizando a versatilidade da planta que opera com múltiplos cereais.
Além disso, a unidade de Balsas também está programada para receber um investimento significativo, com R$ 1,2 bilhão destinados a processar 1 milhão de toneladas de grãos por ano. Estes investimentos refletem a confiança da Inpasa no crescente mercado de etanol e seu compromisso em fortalecer sua posição como líder no setor de biocombustíveis no Brasil.

Maior produtora de etanol de milho do mundo, unidade de Sinop
Pouco mais de três meses após concluir a expansão de sua planta de etanol de milho em Nova Mutum (MT), a Inpasa também atualizou a capacidade produtiva da unidade de Sinop (MT). O grupo ainda possui uma terceira usina, em Dourados (MS), conforme supracitado.
Conforme autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 4, a usina de Sinop pode produzir e comercializar, diariamente, até 4,5 milhões de litros de etanol hidratado e 4,5 milhões de litros de anidro. Os volumes representam alta de 50% ante a autorização anterior, de 3 milhões de litros para cada combustível.
Muitos confundem o tamanho do Grupo Inpasa, o gigante azul do biocombustível. Segundo esclarecimento da empresa, a empresa é quarta maior do mundo em produção de etanol a base de grãos. “Porém, é importante esclarecermos que, com a conclusão da expansão da unidade de Sinop, MT, ela [a planta de Sinop] se tornará a maior unidade industrial produtora de etanol de milho do mundo.”

Sendo assim, a planta é a maior produtora individual, mas enquanto Inpasa (unindo todas as plantas) estamos em quarto lugar na produção mundial de etanol a base de grãos. “Agradecemos o espaço e pedimos que sigam as nossas redes sociais e acompanhem toda essa evolução da Gigante Azul”, disse o comunicado.
Com isso, a unidade de Sinop (MT) se firma como a maior em capacidade de produção de etanol do país.
O cenário futuro para o etanol de milho no Brasil inclui a possibilidade de mais crescimento, apoiado por políticas governamentais que incentivam biocombustíveis como parte de um esforço maior para diversificar a matriz energética do país e reduzir as emissões de carbono. No entanto, será crucial equilibrar esse crescimento com considerações de sustentabilidade ambiental e impacto social.
DDG: O Subproduto Lucrativo da Indústria de Etanol de Milho Ganha Destaque no Mercado
Na indústria de etanol de milho, um dos subprodutos mais valiosos é o DDG (Dried Distillers Grains – Grãos Secos de Destilaria), um componente essencial para a ração animal. O processo de produção em uma usina típica de etanol resulta em 441 litros de etanol e cerca de 300 quilos de DDG por tonelada de milho processado, além de 20 kg de óleo vegetal. Esse subproduto tem se destacado no mercado de nutrição animal, oferecendo alto valor nutritivo e sendo amplamente adotado por pecuaristas e indústrias de ração.
Atualmente, a Inpasa produz cerca de 1,8 milhão de toneladas de DDG por ano. Com a inauguração de novas plantas, a empresa prevê um aumento significativo dessa capacidade, chegando a 3 milhões de toneladas, conforme informado por Rafael Ranzolin, vice-presidente da empresa. “Junto com o aumento na produção de etanol, o DDG também está crescendo porque ambos os produtos são interdependentes. Além disso, o mercado internacional mostra um potencial extremamente promissor”, afirma Ranzolin.

Enquanto uma grande parte da produção de DDG, entre 30% e 40%, é destinada à exportação, o mercado interno brasileiro de pecuária também mostra um potencial de crescimento significativo. Por outro lado, cerca de 95% do etanol produzido pela Inpasa é consumido dentro do país. Ranzolin destaca a crescente demanda por etanol e vê um futuro promissor para a conversão de grãos em biocombustível, tanto no mercado nacional quanto na América Latina.
“O mundo precisa de etanol”, conclui o executivo, apontando para a importância estratégica do biocombustível no cenário energético global.
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