Recentemente, um novo frigorífico de suínos foi revelado e rapidamente se destacou como o maior frigorífico de suínos da América Latina, abate 7.400 suínos por dia. Veja mais detalhes
A produção mundial de carne suína passou por momentos de tensão e transformação, principalmente com a gripe suína que dizimou grande parte do rebanho mundial. Entretanto, com a demanda aquecida e o Brasil como protagonista de um plantel sadio e alta produção, novos patamares foram alcançados pela cadeia produtiva da carne suína. A grande maioria dos brasileiros consome carne de porco pelo menos algumas vezes por ano. Para atender a essa demanda crescente, o Brasil abriga diversos frigoríficos de suínos. Recentemente, um novo frigorífico foi revelado e rapidamente se destacou como o maior frigorífico de suínos da América Latina.
Este empreendimento surpreendente não só aumentou a capacidade de abate de suínos na América Latina, mas também promete revolucionar a indústria. Nesse artigo do Compre Rural vamos explorar todos os detalhes dessa impressionante instalação. Acompanhe!
Em 2015, a Frimesa realizou uma estruturação de longo prazo para a área de suínos. Após estudos e análises, junto com as cooperativas filiadas e seus produtores, os envolvidos chegaram à conclusão de que a atividade crescia e valia a pena o investimento. Em 2018, foram feitos os projetos técnicos, econômicos e financeiros, com uma visão até 2023. Já em 2019 começaram as obras das instalações, que foram concluídas em dezembro do ano passado.
A escolha de Assis Chateaubriand para ser a sede do investimento foi essencialmente técnica, segundo Zydek. “Consideramos a localização e logística da produção de suínos, a disponibilidade de água e energia, mão-de-obra e acesso às vias de escoamento”, conta o presidente.
Para tirar tudo isso do papel e construir o maior frigorífico da América Latina, a Frimesa investiu R$ 1,45 bilhões de reais no complexo. Outros R$ 2,4 bilhões foram ou ainda serão investidos até 2030, pelos produtores e cooperativas filiadas.
Mário Facin, um dos principais nomes da suinocultura brasileira, possui atualmente milhares de matrizes e uma produção semanal de pelo menos 9.000 animais. Cerca de 3.000 suínos são destinados ao mercado Spot, enquanto o restante abastece a marca de alimentos da Master, chamada Sulita, que processa 6.000 suínos por semana. Apesar de ser um gigante na criação de suínos, até mesmo a Agroindústria Master ficou pequena diante do novo maior frigorífico de suínos do Brasil, pertencente à Frimesa. Acompanhe!
O novo maior frigorífico de suínos do Brasil
Recentemente, o Paraná foi palco da inauguração de uma nova unidade frigorífica da Frimesa, localizada em Assis Chateaubriand, na região oeste do estado. Esta é a maior indústria de suínos não só do Brasil, mas de toda a América Latina. A operação na nova unidade, iniciada em março, triplicará a produção de suínos da cooperativa, já que a nova estrutura reduzirá as distâncias e os custos de transporte dos animais.
A capacidade média de abate será de 7.400 suínos por dia, uma média de 308 por hora, totalizando 670 toneladas por dia. O objetivo é que, em breve, esse número aumente ainda mais. A nova unidade frigorífica da Frimesa está planejada para aumentar sua capacidade de abate de suínos em três etapas após o início da operação. Entre 2024 e 2025, a estimativa é de abater 7.400 suínos por dia. Entre 2025 e 2026, esse número deve subir para 9.000 cabeças diárias. Na terceira etapa, entre 2026 e 2027, a meta é atingir mais de 10.000 cabeças por dia.
Este projeto é uma peça-chave para o futuro da cadeia produtiva de suínos, desde a base primária. A escolha da localização da nova unidade, a 140 km de distância da sede em Medianeira, também no Oeste do Paraná, deve-se à concentração de produtores na região, o que deve promover ainda mais desenvolvimento local.
Para este projeto, o maior da história da cooperativa, foram investidos R$ 800 milhões. Com a nova unidade, serão gerados 3.500 empregos diretos e indiretos, além de cerca de R$ 1,5 bilhão em impostos. O faturamento estimado é de R$ 1,5 bilhão.
História da Frimesa
A história da Frimesa começou em dezembro de 1977, quando quatro cooperativas fundadoras – Coaçu, Crabel, Candu e CoperSabad – reuniram-se no sudeste do Paraná para formar a Cooperativa Central Frimesa. A missão era assegurar uma renda justa para os produtores, passando da produção primária para a agroindustrialização.
A Frimesa começou a operar em sua sede em Francisco Beltrão no mesmo ano de sua fundação. Logo após, iniciaram-se os estudos para a implementação da primeira agroindústria de suínos. Nesse momento, surgiu o movimento de cooperativismo no Oeste, liderado pela Cooperativa CotreFal, possibilitando a compra do frigorífico em Medianeira, marcando o início das atividades operacionais da central no segmento de carnes.
A Frimesa é responsável por industrializar essa matéria-prima e repassar o valor dos suínos para as cooperativas, que fazem o contato direto com os suinocultores. Empregos e exportações devem crescer nos próximos anos.
O frigorífico de Medianeira foi projetado com a capacidade de abater 1.200 porcos por dia, produzindo linguiças, carnes curadas e defumadas, salames e copas, além de cortes in natura.
Expansão para o setor de laticínios
A Central Frimesa manteve seu nome após a compra de duas indústrias de laticínios da Rainha, agregando o leite ao seu portfólio. Apesar das dificuldades financeiras e operacionais que levaram à desfiliação das cooperativas fundadoras, a Central adquiriu mais unidades de leite, permitindo alcançar uma capacidade de processamento de 2 milhões de litros por dia.
Com essas aquisições, a Frimesa passou a atuar com três marcas: Frimesa, para produtos de carne, e Rei do Oeste e Iguaçu, para produtos de leite e rações. A sede da Frimesa foi concentrada em Medianeira, no Oeste do Paraná, e a empresa continuou a crescer, consolidando-se como um império na suinocultura.
Quais são os principais sistemas de criação de Suínos?
Os principais sistemas de criação de suínos no Brasil são o sistema independente e o sistema integrado cooperativo. No sistema independente, o produtor é responsável por todo o processo de criação dos suínos, desde a obtenção dos animais, alimentação, estrutura da granja e transações comerciais. Esse sistema permite que o produtor tome todas as decisões de forma autônoma.
No sistema integrado, a responsabilidade é dividida entre a integradora ou cooperativa e o produtor. A cooperativa é responsável pelos animais, insumos, suporte técnico e comercialização, enquanto o produtor fornece a estrutura, construção e serviços durante o ciclo do lote, conforme orientações da cooperativa. Hoje, esse sistema é o mais adotado na suinocultura brasileira.
Concluíndo, a suinocultura no Brasil não apenas sustenta a economia nacional, mas também tem um papel significativo nas exportações. Em 2023, a exportação de carne suína aumentou 19%, sendo o continente asiático o principal destino. A Frimesa, com sua nova unidade frigorífica, reforça sua posição como um dos maiores produtores de suínos do país, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região.
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Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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