Decisão representa um retrocesso ao desenvolvimento da política brasileira de relações internacionais, tão necessária à abertura de novos mercados conquistado pelo agronegócio brasileiro no exterior
As transferências da máquina pública do último governo para o de Lula começam a causar alvoroço. Além de desmembrar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para, assim, reativar as pastas do Desenvolvimento Agrário e da Pesca. O presidente decidiu extinguir a diretoria agrícola do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Com a medida publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de domingo (1º), a área agrícola, que até então contava com diretoria própria dentro do MRE, passa a ser incorporada por outro setor, que passa a se chamar “Departamento de Promoção Comercial, Investimentos e Agricultura”. Toda a divisão terá um diretor/diretora e outros quatro profissionais.
NOTA OFICIAL – Frente Parlamentar da Agropecuária
A Frente Parlamentar da Agropecuária manifesta preocupação com a decisão emitida pelo Decreto Presidencial 11.357/23, que extingue a Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores.
Importante ressaltar que a pasta é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agropecuário nacional, para as articulações internacionais e abertura de novos mercados e, por último, para a conscientização do mercado externo sobre a qualidade e origem dos produtos brasileiros.
Desta forma, a FPA pede que a medida seja reconsiderada pelo governo federal, especialmente pelo Ministério da Agricultura, também responsável à época, junto com a FPA, pela criação da Diretoria Agrícola do Itamaraty.
ABCZ
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) também manifestou apoio à Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) quanto à preocupação com relação ao Decreto Presidencial 11357/23, que extingue a Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores.
Diante das perspectivas para o Agro em 2023, entendemos que a decisão pode representar um retrocesso ao desenvolvimento da política brasileira de relações internacionais, tão necessária à abertura de novos mercados e à manutenção do espaço já conquistado pelo agronegócio brasileiro no exterior.
Consideramos, ainda, que a ausência da Diretoria Agrícola também poderá impactar na supressão da promoção comercial do agronegócio do Brasil e interferir diretamente no acompanhamento mais próximo das transformações e exigências globais.
Pelas razões anteriormente apresentadas, nos unimos a FPA e endossamos o pedido de que a medida seja reconsiderada pelo Governo Federal, especialmente pelo Ministério da Agricultura, também responsável à época, junto com a FPA, pela criação da Diretoria Agrícola do Itamaraty.
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