O Brasil é reconhecido como um dos maiores produtores de bovinos do mundo, com décadas de investimento em tecnologia que elevaram tanto a produtividade quanto a qualidade dos animais. Entretanto, é curioso notar que em alguns estados e cidades brasileiras, o número de cabeças de gado supera a população humana, refletindo a magnitude da atividade pecuária nessas regiões; confira
No vasto território do Brasil, a pecuária bovina não é apenas uma atividade econômica, é uma parte essencial de sua identidade. Com um rebanho bovino que ultrapassa a marca dos 234 milhões de cabeças, o país se mantém como o maior produtor nesse setor essencial. Mas o que acontece quando o número de cabeças de gado supera a população humana em algumas áreas?
Os números revelam uma realidade surpreendente. Graças à análise meticulosa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), descobrimos que vários estados e cidades brasileiras têm mais cabeças de gado por habitante do que você poderia imaginar.
Essa discrepância não apenas reflete a importância econômica da pecuária nessas regiões, mas também destaca a relevância da atividade bovina para a identidade e o desenvolvimento local. A presença de mais gado do que pessoas nessas áreas evidencia a influência da atividade no dia a dia das comunidades, desde a geração de empregos até o fortalecimento da economia local.
Essas localidades, embora menos populosas em termos humanos, desempenham um papel crucial no abastecimento interno e nas exportações dessa proteína. A produção desses animais contribui não apenas para a segurança alimentar do país, mas também para a geração de receita e o desenvolvimento socioeconômico.
Confira a lista dos estados com mais gado que habitantes:
Cidades com mais gado que pessoas:
Após termos explorado os estados com mais gado do que pessoas, agora vamos direto ao microcosmo dessas estatísticas e examinar as cidades onde essa relação é mais evidente. As cinco cidades brasileiras que mais apresentam cabeças de gado por habitante nos oferecem um informações fascinantes sobre como a pecuária está arraigada em algumas regiões do país, confira:
- Alto Paraíso – RO: Liderando o ranking, encontramos Alto Paraíso, em Rondônia, com uma média impressionante de aproximadamente 147 cabeças de gado por habitante.
- Pedra Preta – MT: Em segundo lugar, está Pedra Preta, no Mato Grosso, com 141 cabeças de gado para cada habitante da cidade.
- Rio Branco – AC: No terceiro lugar, a capital do Acre, Rio Branco, mostra que a pecuária também é uma parte significativa de sua identidade, com uma média de 109 cabeças de gado por habitante.
- Araguaiana – TO: Seguindo de perto, Araguaiana, no Tocantins, orgulha-se de uma média de 105 cabeças de gado por habitante.
- Prata – MG: Por fim, em Minas Gerais, a cidade de Prata apresenta uma média de 95 cabeças de gado por habitante, mostrando que a presença bovina é marcante até mesmo em estados tradicionalmente associados a outras atividades econômicas.
Mato Grosso, líder supremo no número de bovinos
Mato Grosso, o gigante da pecuária bovina brasileira, se destaca como o supremo líder nesse cenário. Com um rebanho que ultrapassa os 34,2 milhões de cabeças, este estado representa 14,6% do total nacional. Sua vasta extensão territorial e condições climáticas favoráveis fazem de Mato Grosso um dos principais polos de produção pecuária do país. Além disso, a eficiência da gestão agropecuária e o investimento em tecnologia têm contribuído para o crescimento constante desse setor, consolidando o estado como referência na produção bovina.
A liderança de Mato Grosso na pecuária bovina não se resume apenas aos números, mas também à qualidade e produtividade. Os produtores mato-grossenses têm adotado práticas modernas de manejo, nutrição e genética, resultando em um rebanho altamente produtivo e de excelente qualidade. Além disso, o estado tem se destacado na adoção de práticas sustentáveis, visando a conservação ambiental e a produção responsável. Assim, Mato Grosso não apenas lidera a produção bovina, mas também serve de exemplo para o setor em todo o país.
São Félix do Xingu, maior rebanho bovino municipal do Brasil
São Félix do Xingu, localizado no estado do Pará, se destaca como o município com o maior rebanho bovino do Brasil. Com um impressionante total de 2,5 milhões de cabeças de gado, São Félix do Xingu é um verdadeiro colosso da pecuária nacional. Esse número monumental não apenas confirma a posição do Pará como um dos principais estados produtores de gado, mas também destaca a importância desse município na economia do país.
A grandeza do rebanho bovino de São Félix do Xingu não se limita apenas aos números, mas também reflete o empenho e a dedicação dos produtores locais. Aliado a uma extensa área de pastagem e um clima favorável, o compromisso com a qualidade e a sustentabilidade tem permitido que o município mantenha sua liderança na produção bovina, ao mesmo tempo em que adota práticas responsáveis de manejo e conservação ambiental. Assim, São Félix do Xingu se consolida como um dos principais pilares da pecuária brasileira, inspirando e influenciando o setor em todo o país.
Brasil e sua posição de liderança no cenário de carne bovina
O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário global de carne bovina, impulsionado por décadas de investimento em tecnologia e melhoria da qualidade do produto. Esses esforços levaram o país a ser competitivo em mais de 150 mercados internacionais. Com o maior rebanho bovino do mundo, o segundo maior consumo per capita e uma posição igualmente significativa como segundo maior exportador, o país demonstra sua força e influência nesse setor. Com mais de 39 milhões de cabeças abatidas anualmente e uma capacidade industrial para processar quase 200 mil bovinos por dia, o Brasil sustenta uma cadeia de produção robusta que gera um faturamento de bilhões de reais e representa uma parte substancial do Produto Interno Bruto e do agronegócio do país.
A evolução da cadeia de produção de carne bovina no Brasil é marcada por uma revolução tecnológica e organizacional. Há 40 anos, o cenário era muito diferente, com um rebanho menor, dependência significativa de importações, questões sanitárias graves e baixa produtividade. No entanto, avanços tecnológicos e melhorias na gestão da cadeia de produção transformaram esse quadro. O rebanho mais que dobrou, enquanto a área de pastagens se manteve ou até diminuiu, evidenciando ganhos de produtividade. A modernização dos sistemas de alimentação, genética, manejo e saúde animal resultou em animais mais saudáveis, com maior ganho de peso, menor mortalidade e menor tempo de abate. Essas melhorias contribuíram significativamente para elevar a qualidade da carne bovina brasileira, consolidando sua posição como uma das melhores do mundo.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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