
Para Luísa Lembi, Analista de desenvolvimento BDMG, as linhas de crédito visam apoiar a transição para práticas de agricultura sustentável.
A preocupação com o meio ambiente é uma das pressões sofridas pelo agronegócio diariamente. Quem vive do agro sabe que o ambiente, a água, chuvas e clima de forma geral são insumos para a produção, especialmente de alimentos.
Sabemos que o campo se preocupa com essas questões, mas conquistar uma certificação ainda não é uma tarefa simples e muitas vezes o mesmo consumidor que pressiona não aceita pagar mais por produtos certificados ou até mesmo os próprios mercados não valorizam esses produtos como deveriam.
De toda forma, ter ou não uma certificação não é, definitivamente, uma determinação de que um degrada e o outro não degrada o meio ambiente. Nesse meio, há muitos produtores que buscam práticas mais sustentáveis e gostariam de ter um incentivo maior para voltar os olhos e os investimentos para essas práticas.
Produtores de leite que querem apostar na sustentabilidade sem cumprir tantas exigências, e que buscam juros justos e ajuda para quem de fato alimenta nosso país, hoje tem boas opções junto a bancos como o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) que lançou recentemente duas linhas de crédito chamadas BDMG Solo Mais e BDMG Bioinsumos.
Segundo Luísa Lembi, Analista de desenvolvimento BDMG, as linhas de crédito visam apoiar a transição para práticas de agricultura sustentável, que promovem a construção da fertilidade do solo no médio e longo prazo.A ideia é que o produtor se sinta apoiado a fazer a transição para práticas de agricultura sustentável, que promovem a construção da fertilidade do solo, a redução do uso de insumos químicos e da dependência de insumos externos.
Luísa explica que, trata-se de soluções flexíveis, capazes de apoiar o produtor rural em diferentes estágios de transição para práticas regenerativas. Além disso, é possível financiar não somente a aquisição dos produtos, como também transporte, serviço de aplicação e assistência técnica até a fase de maturação dos projetos.
Os itens financiáveis incluem remineralizadores de solo, fertilizantes naturais, bioinsumos e plantas de cobertura, no caso da BDMG Solo Mais; e estruturas e equipamentos para a implantação de Biofábricas e de Sistemas Biodigestores / compostagem, no caso da BDMG Bioinsumos. Outros itens passíveis de financiamento são: recuperação e melhoramento de pastagens, produção de silagem e/ou estoque de biomassa para período seco, produção de composto utilizando a cama de áreas de confinamento de animais, uso da água de lavagem do recinto de ordenha para produção de biológico e geração de energia com biodigestor
Luiza ressalta que as soluções financeiras são mais atrativas do que o uso de capital próprio para realizar os investimentos. Assim já que contamos com taxas subsidiadas pelo BDMG e prazo para pagamento compatível com o retorno dos investimentos, com o primeiro pagamento ocorrendo no mínimo 12 meses após a liberação dos recursos, o uso de linhas de crédito assim são no mínimo interessante para o produtor não precisar despender de dinheiro que pode fazer falta no fluxo de caixa, especialmente em momento de transição alimentar para inverno.
Fonte: MilkPoint
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