Leonardo expressou sua surpresa ao ser incluído na “lista suja” do trabalho escravo, reforçando que essa situação não reflete seus valores pessoais e profissionais.
Na última semana, uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resultou no resgate de seis trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma fazenda do cantor Leonardo localizada em Jussara, noroeste de Goiás. Dentre os resgatados, estava um adolescente de apenas 17 anos, o que trouxe ainda mais gravidade à situação.
O caso ganhou destaque na mídia, especialmente por envolver o cantor Leonardo, que teve seu nome incluído na “lista suja” do trabalho escravo, gerando repercussão e levantando questões sobre a responsabilidade dos proprietários rurais nas condições de trabalho de seus funcionários.
Contextualização da Fiscalização
A fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é uma ação fundamental para a luta contra o trabalho escravo no Brasil, um problema que persiste em diversas áreas, incluindo o agronegócio.
Segundo dados do próprio MTE, em 2022, 1.530 trabalhadores foram resgatados em situações análogas à escravidão em todo o país, refletindo a gravidade do problema e a necessidade de um combate mais efetivo. A operação em Jussara, realizada em novembro de 2023, visou a duas propriedades rurais: a Fazenda Lakanka e a Fazenda Talismã, que estão localizadas em áreas contíguas e operam como um conjunto de atividades agrícolas.
Durante a fiscalização, os auditores identificaram seis trabalhadores em condições extremamente precárias. Além do resgate dos trabalhadores, a operação ressaltou a importância do monitoramento contínuo das condições laborais nas propriedades rurais, onde muitos ainda enfrentam abusos e exploração.
A situação desses trabalhadores na Fazenda Lakanka, onde estavam empregados, foi classificada como alarmante, revelando um padrão preocupante em relação ao tratamento e à dignidade no trabalho rural.
Posicionamento do cantor
Em meio à repercussão do caso, o cantor Leonardo se posicionou publicamente sobre a situação envolvendo sua fazenda. Em declarações, ele afirmou que não tinha conhecimento das condições de trabalho enfrentadas pelos trabalhadores e destacou que a Fazenda Lakanka está arrendada para outra pessoa, cujo arrendamento implica na cedência do uso da propriedade mediante pagamento. Segundo Leonardo, essa parte da propriedade, utilizada para o cultivo de soja, não está sob sua gestão direta.
A defesa do artista ressaltou que, embora a fiscalização tenha identificado trabalhadores em condições análogas à escravidão, a responsabilidade recai sobre o arrendatário, e não sobre ele. Leonardo enfatizou seu compromisso com práticas éticas e respeitosas no trabalho, afirmando que sempre buscou oferecer condições adequadas aos funcionários de suas propriedades.
Ele expressou sua surpresa ao ser incluído na “lista suja” do trabalho escravo, reforçando que essa situação não reflete seus valores pessoais e profissionais. Por meio de um vídeo nas redes sociais, o cantor também pediu compreensão e paciência enquanto a situação é esclarecida, prometendo colaborar com as autoridades para que a verdade seja estabelecida.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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