Conseleite/PR: leite entregue em janeiro a ser pago em fevereiro tem leve queda de 0,48%. Confira os detalhes abaixo!
A diretoria do Conseleite-PR reunida no dia 21 de Janeiro de 2020 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-PR, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2020 é de R$ 2,3637/litro.
Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-PR disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana.
O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br
As informações são do Conseleite PR.
A crise e o ajuste da pecuária de leite no Brasil
Em 2018, a produção total de leite no Brasil cresceu 1,6%, com as regiões Sul e Sudeste respondendo, cada uma, por 34% da oferta nacional, estimada em 33,8 bilhões de litros. Aquele foi o primeiro ano de crescimento da produção desde 2014, quando foram produzidos 35,1 bilhões de litros.
Em relação a 2017, o número de vacas recuou 2,9% enquanto a produtividade subiu 4,7%, chegando a 2.068 litros anuais por animal. Apesar de a produtividade brasileira continuar em patamar ainda relativamente baixo, houve um aumento importante desse indicador.
Existem mais de 350 municípios do País com produtividade média superior à da Nova Zelândia, de 4.000 litros por vaca. Em alguns desses municípios, essa produtividade atingiu volumes acima de 6.000 litros/vaca, o que equivale ao padrão europeu.
Com o atual volume de produção, o Brasil já figura entre os três maiores produtores mundiais, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Para a equipe de Socioeconomia da Embrapa Gado de Leite, serão os avanços em competitividade que irão melhorar o posicionamento do País no mercado internacional.
No caso do leite inspecionado, segundo os pesquisadores, a produção de 2018 atingiu 24,4 bilhões de litros, o que correspondeu a 70% da produção total.
Em relação a 2017, houve crescimento de apenas 0,5%. Os índices de 2019 ainda não vieram à tona, mas esse crescimento deverá ser superior, embora com um perfil de expansão distinto entre o primeiro e o segundo semestre. No primeiro semestre houve um aumento de 5% no volume de leite sob inspeção em relação ao mesmo semestre de 2018.
Esse crescimento foi influenciado pela greve dos caminhoneiros, que afetou a produção em maio de 2018, mas também pela boa relação de troca ao produtor quando se analisa os preços de leite e de concentrado, o que estimulou a produção.
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Quando os números do ano que se passou forem apresentados, o segundo semestre não deve registrar uma expansão sobre volume produzido em igual período de 2018. Isso se deve a três fatores. O primeiro é estatístico e refere-se à base de comparação: a produção do segundo semestre de 2018 foi um recorde histórico.
O segundo é uma piora na relação de troca e das margens dos produtores, fator que desestimula a produção. Além desses influenciadores, o desempenho do período foi afetado pelo clima.
O setor sofreu uma seca prolongada, a ocorrência de geadas no inverno e chuvas irregulares e abaixo da média em algumas regiões do Sudeste e Centro-Oeste, que devem comprometer a retomada da produção no pós-entressafra.
Fonte: Embrapa