Após bater recorde em liquidez, o mercado de leilões ganhou o modelo virtual como apoio e projeta um ano ainda melhor para o 2021. Veja!
A pandemia do coronavírus transformou os leilões de gado e de cavalos de presenciais – e estimulados pelo calor do público formados por dezenas ou centenas de produtores – em virtuais e transmitidos pela televisão ou Internet – que são bem mais comportados. No início, março / abril do ano passado, houve uma dose de preocupação da parte dos diretores das empresas leiloeiras e de vendedores de animais, mesmo sabendo que grande parte dos compradores já estavam acostumados a dar lances via telinha.
Alguns importantes pregões trocaram de data, porém todos foram realizados mais tarde. Mas os números das empresas organizadoras dos remates definidos a chegar e os resultados apresentados que o ano de 2020 foi um dos melhores do consolidado universo dos leilões rurais.
“Foi um ano excelente. Nosso faturamento atingiu R $ 410 milhões e superou em 80% o apurado no ano de 2019. Destaco ainda a liquidez, já que a pista ficou limpa na maioria dos leilões ”, comemora Lourenço Campo, da Central Leilões, de Araçatuba, São Paulo.
Lourenço diz com certeza que todo o setor obtidos resultados excelentes no ano passado. “Os leilões virtuais chegaram para ficar. Acredito no retorno dos presenciais, passado a tempestade do coronavírus, mas esses últimos devem ser promovidos em número menor ”.
A pecuária viveu um movimentoado 2020, com o preço bom da arroba puxando o valor da cria para o alto e os produtores aumentaram a procura por animais, sejam bezerros, touros ou matrizes. Faltaram animais para abate e os frigoríficos tiveram de subir como cotações, explica Lourenço.
Quarto-de-milha
Foi positivamente igual a comercialização de cavalos no ano passado. Marcelo Borges de Andrade, da MBA Leilões, afirma que jamais perdeu a confiança, apesar da pandemia, e as vendas de quarto-de-milha, raça bastante usada na lida nas fazendas e em provas fervilhantes por todo o país, fecharam a temporada 2020 acima das suas expectativas.
“A liquidez foi igual, mas as cifras desembolsadas nos cavalos superaram as de 2019. Realizamos 42 leilões em 2029 e a receita foi de R $ 68 milhões. No ano passado, conduzimos 40 pregões e o faturamento ultrapassou os R $ 70 milhões ”, diz Marcelo, que está há 40 anos no setor de remates.
A aposta é em um mercado ainda mais aquecido neste ano. “A arroba do boi abriu a temporada 2020 valendo R $ 280. Em janeiro de 2019, o preço era de R $ 210. E a boa cotação do animal para abate puxa os resultados nos pregões” ressalta Lourenço.
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Já Marcelo Borges informa que os leilões tradicionais de quarto-de-milha já estão sendo todos programados. A alargado nas fazendas de gado de corte, como o Mato Grosso, abriu amplo mercado para a raça.
E além da lida com o gado e do uso em competições, como a de Três Tambores, o quarto-de-milha marca presença há muitos anos nas corridas do Jóquei Clube de Sorocaba, um ponto habitual de convivência dos quartistas.
Fonte: Globo Rural