Criadores de Cavalo Crioulo mostram números crescentes da raça no Universo Pecuária; ABCCC também revelou inovações em provas esportivas que têm aumentado interesse do público
O Universo Pecuária teve na programação desta sexta-feira, 1º de novembro, um encontro promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) no Deck do Sebrae, no Parque do Sindicato Rural de Lavras do Sul (RS). No fórum “Cavalo Crioulo e a Economia”, participaram o vice-presidente de Núcleos e Expansão da ABCCC, Daniel Jaeger Gonçalves da Silva, o vice-presidente de Modalidades Esportivas, Fernando Gonzales, e o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais e Empresas de Leilão Rural do Rio Grande do Sul (Sindiler), Fábio Crespo.
A atividade foi mediada pelo superintendente de Registro Genealógico da ABCCC, Frederico Araújo.
Na abertura, da Silva fez uma apresentação do Cavalo Crioulo, um símbolo cultural do estado. “O Cavalo Crioulo se tornou uma ferramenta para trabalho, esporte e diversão, além de impulsionar a economia e gerar empregos”, afirmou.
O vice-presidente de Núcleos e Expansão falou ainda sobre o Ciclo do Cavalo Crioulo que envolve fases classificatórias, passaportes morfológicos e as grandes finais da Morfologia e Freio de Ouro e ressaltou a participação cada vez maior das redes sociais do Cavalo Crioulo nesse processo. “O faturamento cresceu 30% apenas em patrocínios e locações de espaços junto a Arena do Cavalo Crioulo na Expointer”, revelou.
Gonzales falou sobre o equilíbrio que deve existir entre manter a forte tradição das provas do Cavalo Crioulo e eventuais inovações. “Nós estamos engessados ainda nas modalidades seletivas. Já nas esportivas temos que ter a liberdade de ousar”, observou. Gonzales referiu também que inovações e adaptações que impliquem em mais dias de provas esportivas faz com que aumente a frequência das famílias nos locais, o que reflete positivamente também na questão financeira.
Crespo falou sobre os números que vêm crescendo nos remates em geral, em especial os do Cavalo Crioulo. “Até outubro, foram 4.156 animais vendidos, a comercialização total no ano até agora soma R$ 95,4 milhões. A projeção é fechar o ano com R$125 milhões. “Isso é o que vai movimentar a venda da raça só nos remates, o que é cerca de 30% de todo o faturamento envolvendo o Cavalo Crioulo”, contabiliza.
Já no tema “Diferentes Propósitos que Formam a Raça Crioula”, quem palestrou foi a consultora em Gestão, Patrícia Coradini. Ela falou sobre as relações entre as diferentes gerações, desde a chamada Geração Baby Boomers, entre 60 e 80 anos, até a chamada Geração Z, até 25 anos de idade.
Patrícia afirmou que o diálogo é a melhor forma de integrar as tradições arraigadas entre os mais velhos e a agilidade e questionamentos de gerações mais novas. “Os mais jovens aceitam a tradição desde que eles entendam o porquê. E, inclusive, o porquê social. Quanto mais propósito social tiver a tradição, mais segura essa nova geração vai estar. Porque eles são muito, muito fixados no propósito social”, orientou Patrícia.
O Universo Pecuária é uma realização do Sindicato Rural de Lavras do Sul, com a correalização da Cotrisul, Prefeitura de Lavras do Sul, Sebrae RS, Senar RS e Farsul, com projeto e execução da SIA – Serviço de Inteligência em Agronegócios.
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