Leilão Confiboi Sem Fronteiras vende bezerros com prazo de 365 dias

Inédito, 1° Leilão Sem Fronteiras Sul Paraense, Grupo FB em Maraba – PA, trouxe uma grande relevância, lote de bezerros foi arrematado com prazo de 365 dias para pagamento. Confira!

A pecuária de corte brasileira vem se reinventando diante das mudanças no ciclo pecuário, introdução de tecnologias e, até mesmo, na forma de negociação dos animais. Um dos grandes nomes da pecuária nacional é a CR Confiboi Agropecuária e Serviços, comandada pelo grande Clóvis Resende, de Porangatu, no estado de Goiás, a empresa ganhou o país e o Leilão Sem Fronteiras vem ganhando cada vez mais notoriedade no setor.

Mostrando que não existem barreiras, divisas ou “tempo ruim” para aqueles que carregam o pó da viagem, Clóvis conversou com a nossa equipe e contou sobre um grande momento que viveu o 1° Leilão Sem Fronteiras Sul Paraense, Grupo FB em Maraba – PA: Lote de bezerros que foi negociado com prazo de 365 dias.

Essa negociação mostra, acima de tudo, que os pecuaristas não estão desanimados com o atual cenário que vive o boi gordo. Esse pecuarista que adquiriu o lote sabe que a pecuária é feita de ciclos e, é justamente apostando na virada do ciclo que ele sabe que fez um bom investimento.

O evento aconteceu no dia 27 de maio, em Marabá, no estado do Pará e, claro, contando com a realização da Confiboi, o leilão ofertou cerca de 2.000 animais e, um dos lotes, teve como chamativo a sua forma de pagamento de 365 dias de prazo. Os demais lotes foram arrematados com prazos de 30 dias ou à vista.

Os animais foram arrematados pelo pecuarista João Antônio. Um lote de 35 bezerros com média de 170 kg, foram vendidos pelo preço de R$ 1.620,00/cabeça e só serão pagos daqui um ano. Para se ter uma ideia, segundo a Scot Consultoria, os animais dessa categoria no estado estão apregoados a R$ 1.520,00 ou R$ 7,80/kg.

Boi x bezerro

Segundo os dados do Cepea, a desvalorização do bezerro nos últimos dois anos colocou alguma pressão sobre os preços do boi gordo. Assim, apesar das altas exportações de carne bovina brasileira, a maior oferta de animais leva a preços mais baixos do boi gordo, mas analistas já apostam na virada do ciclo para o fim do ano de 2023.

O valor de venda do bezerro de ano criado em Mato Grosso registrou queda de 29% em maio/23 ante ao preço de maio/21, enquanto a cotação do boi gordo no Estado sofreu retração de 22,65% no mesmo comparativo, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Nesse sentido, diz o instituto, mediante a maior desvalorização do bezerro frente ao boi gordo, a relação de troca entre essas categorias avançou 8,98% em maio/23, ficando em 1,82 cabeça/cabeça (bezerros de 12 meses por boi gordo de 18 @), ante o índice de 1,67 cab./cab registrado em maio/21.

No dia 31 de maio, a cotação (Índice ESALQ/BM&FBovespa) do bezerro (8 a 12 meses) negociado no Mato Grosso do Sul fechou a R$ 2.224,83/cabeça, com forte queda de 9,8% ao longo de maio. O atual patamar de preços (em torno de R$ 2.200/cabeça) não era observado desde outubro de 2020, em termos nominais. A média mensal do índice do bezerro situou-se em R$ 2.280,33/cabeça, 6,1% inferior à de abril e 12,5% inferior à de maio/22, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI). Essa também é a menor média mensal desde novembro de 2019.

Ciclo pecuário

A maior oferta de gado neste ano – principalmente de fêmeas – é resultado tanto dos investimentos do setor nos últimos anos quanto do período de desmame.

É importante considerar que os dados oficiais de abate mostram um aumento no número de vacas abatidas ao longo de 2022. E essa tendência está sendo observada também neste ano, com os frigoríficos relatando maior participação de fêmeas nas escalas de abate – segundo alguns agentes, em alguns casos, as fêmeas representam 50% de todos os animais abatidos. E isso se deve às desvalorizações dos bezerros e do gado magro, observadas desde 2021 e que desestimularam os pecuaristas a manter as fêmeas e produzir mais animais.

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