Leilão Adir aponta tendência de resgate da pureza racial do Nelore

Com números que superam médias de grandes leilões, os resultados do Leilão Adir indicam um mercado atento aos critérios raciais que fizeram o Nelore chegar até aqui

Se é o olho do dono que engorda a boiada, o Grupo Adir soube seguir à risca o dito popular para se manter forte no mercado, alcançar excelentes índices de produtividade e, consequentemente, permanecer na liderança de um mercado que cresce sabendo onde quer chegar.

Os resultados dos eventos de comercialização de sêmen e animais (vitrine e leilão) do último final de semana, na Fazenda Barreiro Grande em Nova Crixás, GO, foram muito positivos, apesar do momento difícil para o Grupo Adir, que acaba de perder seu grande mestre e criador.

O sucesso do evento foi marcante pelo reconhecimento do mercado para o viés da seleção Adir, que se mantém fiel às características fenotípicas e critérios de seleção há mais de seis décadas.

“De certa forma nos últimos vinte anos, especificamente, estávamos andando na contramão, lutando para nos posicionar frente a um mercado mais focado em números estimados por predição. Mas a nossa crença na produtividade, eficiência e pureza racial, muito presente no processo de seleção Adir, mostra que o nosso modelo pode sim ser avaliado fenotipicamente e mensurado. Ou seja, o fato de nos mantermos fiéis aos critérios de seleção adotados pelo Adir ao longo de toda uma vida, não nos tira a possibilidade de mensurar e produzir com os mesmos índices, ou até maiores, que os critérios que levam em conta somente os números, como provam os resultados dos nossos abates técnicos”, explicou o gestor Paulo Leonel.

Uma das razões de sua reflexão é que o Grupo Adir, chegou em resultados muitos positivos no leilão realizado no último dia 12/10, com números que superaram as médias de eventos consagrados que aconteceram na mesma semana, chegando a R$ 30.739,72 por animal e um crescimento de 20% na média geral do leilão em relação ao ano passado.

Matrizes Neleore ADIR vaca - fotao
Foto: Olívia Carvalho

Um dos fatos que chamou a atenção em nosso leilão, que teve compradores de 12 estados, foi a busca por animais com as características que preconizamos. Nos impressionou também a quantidade de novos clientes, tanto para sêmen, quanto para animais. O mercado está sinalizando uma volta à valorização daquilo que fez o Nelore chegar até aqui, que foi o olho do dono e não os números estimados. Foi a rigidez do trabalho de seleção para os critérios de produtividade e características raciais que fizeram a raça chegar onde chegou e o que observamos é um mercado mais atento e interessado em resgatar aquilo que se perdeu nessas últimas décadas. O resultado do nosso leilão é a prova disso”, afirmou Leonel.

Touro ADIR Nelore cabeca fotao
Foto: Olívia Carvalho

Se o assunto é produtividade e eficiência, sem abrir mão do racial, o nome do Grupo Adir é uma referência incontestável no mercado brasileiro e internacional, tanto de seleção quanto de rebanho comercial. Com um modelo de atuação que inclui a venda de genética no Brasil e em outros 12 países de três continentes, o Grupo Adir segue, mais do que nunca, fiel ao modelo de seleção iniciado há 65 anos, segundo informou Paulo Leonel, que está na gestão das atividades há 38 anos, quando foi iniciado o processo de sucessão familiar.

“Aquilo que representa a essência do Grupo Adir, que é seu modelo de seleção, nunca irá mudar. O que temos feito ao longo dos anos é inovar, utilizando ferramentas e metodologias que geram informações reais, que asseguram o desempenho da genética Adir com base na ciência e nos resultados. Buscamos também a abertura de mercado, criando novos modelos de comercialização e ações de sustentabilidade, nos aproximando cada vez mais dos parceiros e clientes. Assim evoluímos com a pecuária brasileira”, explicou o gestor do Grupo.

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