Na cultura de milho, as perdas contabilizadas chegaram a R$ 50 milhões. A produção de leite foi duramente afetada.
Depois da chuvarada, restaram os prejuízos. No Sudoeste o rombo no campo é milionário. Segundo presidente da Associação dos Secretários de Agricultura (Assema), José Carlos Ventura, nas regionais de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, na cultura e soja as perdas passaram de R$ 110 milhões. “Nas chuvas de novembro, com as enchentes que tivemos, registramos prejuízos em lavouras nos mais variados estágios. Perdemos a semente, o plantio, a adubação e as plantas.
Na cultura de milho, as perdas contabilizadas chegaram a R$ 50 milhões. A produção de leite foi duramente afetada, com prejuízo de R$ 15 milhões.
Janela ampliada
Os maiores impactos foram na soja e os efeitos severos da chuvarada no campo foram reconhecidos pelo Governo, que prorrogou a janela de plantio da soja para as regiões mais afetadas. Alguns produtores atrasaram o plantio, outros perderam o que haviam plantado. “A região Sudoeste foi contemplada com a decisão de ampliar a janela. Agora o plantio de soja pode ser feito até o dia 31 de janeiro. Orientamos os produtores que necessitarem deste prazo extra, para se cadastrarem na Adapar e aproveitar a oportunidade”, diz o presidente.
Novo prazo para plantio
Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) está orientando produtores de soja, especialmente do Sudoeste, Sul e Centro-Sul, regiões mais afetadas pelas chuvas das última semanas, sobre a ampliação do cronograma de plantio do ciclo 2023/2024. Agora, os sojicultores podem plantar até o dia 31 de janeiro.
Segundo o coordenador do programa de Vigilância e Prevenção de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo, a medida considera o impacto do clima chuvoso, o que dificultou o plantio nessas regiões.
“Após análise e alinhamento entre o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Adapar, foi acatada a solicitação dos produtores, reconhecendo as condições adversas impostas pelas condições climáticas”, diz.
Para aderir à ampliação do calendário, os produtores precisam cadastrar suas áreas junto à Adapar por meio de um formulário online.
O documento que definiu as datas de plantio é a Portaria 886/2023, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Por essa norma, ficaram estabelecidos três calendários distintos para três regiões do Paraná: o Sul e o Centro-Sul (zona 1) poderiam semear até 18 de janeiro; o Sudoeste até 15 de janeiro (zona 3) e o restante do Estado até 20 de dezembro (zona 2).
As propriedades mais atingidas pelas chuvas estão dentro das zonas 1 e 3, que agora podem plantar até 31 de janeiro. No entanto, propriedades da zona 2, caso tenham sido afetadas, também podem aderir ao novo calendário.
Ferrugem Asiática
A orientação da Adapar é que os produtores permaneçam vigilantes no monitoramento da ferrugem asiática e adotem as medidas de controle recomendadas pelos profissionais de assistência técnica em suas respectivas regiões.
“A Adapar intensificará as ações de monitoramento e acompanhamento do desenvolvimento da doença nessas regiões para garantir a eficácia das medidas e preservar a produtividade da cultura da soja diante dos desafios climáticos enfrentados pelos agricultores paranaenses”, completa Araújo.
Fonte: AEN
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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