O Oeste do Paraná, diante da genética animal avançada e fertilidade do solo, reúne ótimas condições para a expansão da lavoura de carne.
O médico veterinário Eduardo Madruga, gerente técnico regional de pecuária de corte da Tortuga (DSM/Firmenich) fez na tarde de terça-feira, 22, uma das palestras mais aguardadas da quarta edição do Show Rural Coopavel de Inverno. Para uma plateia formada por técnicos, criadores e produtores rurais, Eduardo falou sobre um conceito em expansão nos últimos anos e que alcança bons resultados onde é praticado.
“Lavoura de carne é uma necessidade não uma opção”, afirmou Madruga ao destacar que a pecuária é um bom negócio e deve ser gerida como uma lavoura de grãos. “Para obter bons resultados na produção de soja, milho e trigo, o produtor investe em todas as etapas de olho no melhor desempenho e retorno. Com a pecuária esse mesmo princípio deve ser igualmente observado, mirando sempre a produtividade e o máximo em resultados”.
A lavoura de carne, segundo Eduardo Madruga, nada mais é do que a pecuária feita nos conceitos da agricultura de precisão, buscando obter altas lotações e altas produtividades, potencializando performances individuais, por hectare e alqueire. O método em disseminação pelo gerente técnico em pecuária de corte da Tortuga conduz a mais lucratividade e a maior margem líquida. “O que buscamos é que a atividade seja produtiva, lucrativa e sustentável”, afirmou ele.
O Oeste do Paraná, diante da genética animal avançada e fertilidade do solo, reúne ótimas condições para a expansão da lavoura de carne. O começo de todo o processo, conforme Madruga, é a integração lavoura-pecuária, iniciando da forma mais simples possível que é o cultivo de pastagens entre as sojas. “A lavoura de carne se apresenta como uma atividade complementar ao campo e que, bem conduzida, assegura valores substanciais à propriedade rural”.
A agricultura de precisão traz outra lição fundamental à pecuária de alta performance, que é o calendário. “Além de buscar a produtividade e o melhor retorno, a pecuária precisa seguir um calendário definido. O criador deve saber quanto vai produzir e quanto terá de resultado”. Madruga apresentou vários cases de produtores que passaram a investir no conceito e que alcançam bons resultados, melhorando a performance financeira da propriedade.
Três etapas
A primeira das etapas do método proposto é a lavoura de pasto, que deve contemplar análise de solo e correção; preparo e implantação; sementes de qualidade; adubação e aplicação de ureia para a produção de matéria seca. O segundo passo é a suplementação com foco no desempenho, no ganho de peso por hectare/alqueire, e o terceiro é a medição com monitoramento e resultado. O criador deve aferir, entre outros, o ganho diário e a taxa de lotação, que quanto maior menor o custo mas, para isso, é imprescindível ter pasto em abundância aos animais.
Madruga informou que nos projetos que acompanha a lucratividade média é de 28% a 35% na terminação e entre 60% e 66% na recria. Os fundamentos centrais para o conceito oferecer os resultados possíveis são: pasto e água de qualidade, suplementação, sanidade, gestão, planejamento e ação. A palestra Lavoura de carne será novamente apresentada na edição de inverno nesta quarta e quinta-feira, às 15h, no auditório do prédio Paraná Cooperativo.
Fonte: Assessoria
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