Lar aprova compra da fábrica de óleos da Copagril por R$ 280 milhões

R$ 230 milhões serão pagos à vista e outros R$ 50 milhões quando forem resolvidas pendências

Uma assembleia realizada nesta terça-feira (10) pela cooperativa Lar em Medianeira definiu a compra, no valor de R$ 280 milhões, da fábrica de esmagamento de soja para produção de óleo da cooperativa Copagril, com sede em Marechal Cândido Rondon. Há poucos dias, uma assembleia extraordinária da Copagril já havia autorizada a venda da indústria.

Nenhuma das cooperativas, no entanto, confirmou a aquisição nem falou sobre as transações. Interlocutores afirmaram à reportagem que se trata de uma negociação em duas etapas, sendo R$ 230 milhões à vista e R$ 50 milhões no momento em que se resolverem algumas pendências relacionadas à transação comercial.

As duas cooperativas foram procuradas pelo Preto no Branco, mas nenhuma se manifestou oficialmente sobre o caso. A indústria, que voltou a operar em 2021, fica no município de Marechal Cândido Rondon e havia sido adquirida pela Copagril em um leilão de uma extinta empresa do agro com sede em Toledo.

Segundo o site oficial da própria Copagril, a estrutura tem capacidade de esmagamento de mil toneladas de soja por dia e faz parte de um complexo industrial. A parte envolvida nas transações corresponderia exclusivamente ao esmagamento da soja.

Frigorífico de aves

Esta “parceria” e negociações entre as cooperativas não são as primeiras. Em um comunicado conjunto entre a Lar Cooperativa e a Copagril no fim de 2020 as duas anunciaram uma “aliança estratégica de intercooperação” aonde a Lar adquiriu a Unidade Industrial de Abate de Aves e da Unidade Industrial de Rações, pertencentes à Copagril em Marechal Cândido Rondon e Entre Rios do Oeste.

Na época as cooperativas afirmaram que a intercooperação se iniciaria em janeiro de 2021 e o processo de transição se daria assim que ocorresse aprovação pelos órgãos responsáveis, o que de fato se estabeleceu.

Dívidas milionárias

Fontes ouvidas pelo Preto no Branco disseram que a Copagril, de Marechal Cândido Rondon, estaria operando no vermelho e com dívidas milionárias. Apesar de os valores não terem sido aventados, o assunto não é uma novidade ao setor produtivo regional.

No início deste ano a Copagril contratou um CEO para redefinir algumas estratégias. O propósito seria colocar a cooperativa num novo patamar, para que chegue em 2027 faturando R$ 5 bilhões. Além disso, a cooperativa contratou a consultoria do Rabobank, instituição financeira especializada em agronegócio, para auxiliar na reestruturação e no planejamento futuro.

Vale destacar mais uma vez que a cooperativa, procurada pelo Preto no Branco, não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Fonte: Preto noo Branco

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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