Em relatório, a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio aponta quais são as tendências para os preços do leite e derivados.
O setor de lácteos tem sido um dos mais afetados com a crise da covid-19, com queda de preços em vários itens da cesta em decorrência do recuo acentuado de consumo, principalmente no food service. Segundo a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio, isso afetou o segmento de queijos e outros refrigerados e gerou excesso de oferta de leite cru, deprimindo os preços dos derivados em plena entressafra.
A empresa destaca que esse recuo de preços no atacado já está impactando as cotações ao produtor. “A rentabilidade das fazendas leiteiras está piorando, sobretudo com a elevação do custo de alimentação. A desvalorização cambial e seu efeito sobre o custo, somada à piora no ambiente econômico deixam o momento ainda mais complicado para o setor”, diz.
O preço do leite ao produtor em abril (referente ao volume captado em março) registrou leve alta de 0,9% frente ao mês anterior, para R$ 1,4515 por litro na média dos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
- Retirada de isenção das carnes da cesta básica elevaria preço ao consumidor em 10%
- Mapa autoriza aplicação em plantas de 21 novos inseticidas à base de imidacloprido
- Tocantins pode receber R$ 1 bilhão em créditos de carbono
- Lira critica protecionismo europeu, especialmente da França, contra Brasil
- Demanda por seguro pecuário cresce 134% e florestal, 719%, diz Brasilseg
“Como o valor pago ao produtor é formado depois das negociações quinzenais do leite spot (comercialização de leite cru entre indústrias) e das vendas de derivados lácteos, as cotações no campo de abril refletem o cenário de março e, por isso, em abril, ainda não foram fortemente influenciadas pela crise da covid-19, que começou a ganhar força na segunda quinzena de março no Brasil”, informa.
O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) registrou nova queda de fevereiro para março, de 4,3% na média do Brasil e acumula baixa de 11,5% neste ano. “O recuo na captação se deve ao clima menos favorável à atividade, com destaque para a estiagem no Sul do país”, informa.
Fonte: Canal Rural