Ministro anuncia que empresa da Jordânia ampliará exportação de potássio ao Brasil; Presidente da Arab Potash Company e Ministro, ajustam os volumes a serem recebidos pelo país.
Uma comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), liderada pelo ministro Marcos Montes, visitou neste sábado (7) a fábrica da Arab Potash Company (APC), na Jordânia, e recebeu a notícia de que a empresa poderá aumentar as exportações de potássio para o Brasil. Durante visita o ministro da Agricultura, Marcos Montes, anunciou que a empresa vai ampliar a exportação de potássio para o Brasil e abrir um escritório no país. A empresa é a oitava maior produtora do minério do mundo em volume.
Segundo o CEO da empresa, Maen Nsour, em cinco anos o total enviado ao Brasil poderá chegar a 1,2 milhão de toneladas. A visita do Mapa à Jordânia foi decisiva para a decisão da empresa em aumentar a oferta de potássio ao Brasil. A APC produz mais de 2,4 milhões de toneladas de potássio por ano. A Jordânia é o 7º maior produtor mundial de potássio.
O Brasil vem tentando diversificar importações de fertilizantes para se proteger contra riscos de fornecimento em decorrência da guerra Rússia-Ucrânia. A Rússia é a origem de 28,2% das importações brasileiras de cloreto de potássio (KCL), conforme levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a partir dos dados do Comexstat.
“Nesse próximo ano, estaremos recebendo em torno de 500 mil toneladas de potássio. E quem sabe, dentro de um espaço muito curto, em dois, três anos, nós receberemos 1,2 milhão de toneladas das mãos dessa empresa que tem uma qualidade impressionante”, disse o ministro da Agricultura, em vídeo repassado pelo órgão.
“E o mais importante é que recebemos a notícia, depois da nossa visita aqui, que a empresa irá abrir um escritório no Brasil para as negociações ficarem mais próximas.”
O presidente da Arab Potash Company, Maen Nsour, disse que a visita do ministro é um indicativo da construção de uma relação estratégica de longo prazo entre o Brasil e a empresa.
Na estimativa do executivo, entretanto, a empresa enviará ao Brasil perto de 320 mil toneladas de potássio granulado vermelho neste ano e ampliará esse volume para cerca de 500 mil toneladas em dois anos.
Segundo Nsour, a Arab Potash está investindo em projetos para ampliar a produção e tem “grandes planos” para o Brasil. “O mercado brasileiro é muito importante, não só porque queremos aumentar o nível das exportações jordanianas para ele, mas porque percebemos a importância que o Brasil desempenha na segurança alimentar da humanidade”, afirmou.
Ele disse que “muito em breve” a empresa terá escritório permanente no Brasil para estreitar o contato com os importadores brasileiros a fim de atender às exigências de volume, qualidade e distribuição do Brasil.
As operações da APC estão localizadas a 110 km ao sul de Amã, onde a Companhia produz quatro tipos de potássio: potássio padrão, fino, granular e industrial. O embaixador do Brasil em Amã, Ruy Amaral, também participou da visita.
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O Brasil importa cerca de 85% de todo o fertilizante usado na produção agrícola nacional. No caso do potássio, o percentual importado é de cerca de 95%. Atualmente, o Brasil é o quarto consumidor e em 2021, as importações brasileiras de fertilizantes foram superiores a 41 milhões de toneladas, o que equivale a mais de US$ 14 bilhões.
A comitiva do Mapa ainda vai visitar Egito e Marrocos noa próximos dias para tratar sobre o fornecimento de fertilizantes e a ampliação de investimentos no Brasil.