A gigante das carnes, JBS, divulgou seus resultados financeiros para o ano de 2023, revelando um prejuízo líquido significativo de R$ 1,06 bilhão. Esse resultado contrasta fortemente com o lucro expressivo de R$ 15,45 bilhões registrado no ano anterior; confira
A JBS, uma das gigantes mundiais do setor de proteína animal, divulgou seus resultados financeiros para o ano de 2023, revelando um prejuízo líquido significativo de R$ 1,06 bilhão. Esse resultado contrasta fortemente com o lucro expressivo de R$ 15,45 bilhões registrado no ano anterior.
Os desafios enfrentados pela empresa foram amplamente atribuídos ao ciclo de menor oferta de gado nos Estados Unidos, o que aumentou os custos e pressionou as margens do grupo. O CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, destacou que a performance da Seara, uma das subsidiárias da empresa, também ficou aquém do esperado, contribuindo para os resultados desfavoráveis.
“Todo o desafio da Seara estava dentro de casa, na gestão de custo, e tomamos as medidas que era para tomar. Começaram a aparecer os resultados, mas ainda muito abaixo do que consideramos para Seara. No primeiro tri (de 2024) estes resultados serão muito mais evidentes das melhorias que foram feitas”, disse o executivo.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da JBS atingiu R$ 17,15 bilhões no acumulado do ano, registrando uma queda de 50,4%. A margem Ebitda ajustada também diminuiu, caindo 4,5 pontos percentuais, e a receita líquida apresentou uma queda de 2,9%, totalizando R$ 363,82 bilhões.
No quarto trimestre de 2023, o lucro líquido da empresa despencou 96,5%, chegando a R$ 82,6 milhões, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o Ebitda ajustado do trimestre teve um aumento de 11,6%, alcançando R$ 5,1 bilhões, com uma margem quase estável de 5,3%. A receita líquida do trimestre subiu 3,7%, atingindo R$ 96,34 bilhões.
Apesar da queda nos lucros, Tomazoni considerou o desempenho do quarto trimestre como positivo, destacando-o como uma recuperação ao longo do ano. Ele ressaltou que o primeiro trimestre de 2023 foi o pior da história da companhia.
“Mesmo com toda essa queda em preço de commodities, nós crescemos o nosso faturamento em (quase) 4% no trimestre”, afirmou o CEO. “Obviamente que os efeitos negativos do ciclo do boi nos Estados Unidos estão presentes. Nosso resultado seria bem diferente se não fosse o ciclo bovino”, admitiu.
No entanto, a operação norte-americana da JBS para bovinos enfrentou grandes desafios, com um Ebitda ajustado negativo de R$ 488,5 milhões no quarto trimestre e um recuo de 94,7% neste indicador ao longo de 2023.
A Seara, que atua nos mercados de aves e suínos no Brasil, também viu uma queda em seu Ebitda ajustado, tanto no último trimestre quanto ao longo do ano. Tomazoni enfatizou que houve melhorias operacionais e condições de mercado mais favoráveis, como a queda nos preços da soja e do milho, que ajudaram a reduzir os custos da indústria de aves e suínos.
No entanto, apesar dos desafios, a JBS continua focada em sua trajetória de queda da alavancagem financeira, conforme destacado pelo vice-presidente financeiro e diretor de relações com investidores, Guilherme Cavalcanti. As margens, segundo ele, fornecem segurança para a continuidade desse processo.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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