A Marfrig, com seu rebanho bovino adquirido, tem suas emissões de metano comparadas a todo gás emitido pelo rebanho da Austrália.
Os frigoríficos brasileiros JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) formam com mais outras empresas do agronegócio um seleto grupo de 15 produtoras globais que emitem mais metano na atmosfera do que países inteiros, de acordo com relatório divulgado neste mês pela pelo Institute for Agriculture and Trade Policy (IATP) e a Changing Markets Foundation.
No caso da JBS, a maior processadora de alimentos do mundo, os bois comprados pela empresa emitem mais metano do que o apurado pelos rebanhos bovinos de França, Alemanha, Canadá e Nova Zelândia somados, o que também é equivalente a 55% do total de gás emitido por todo o rebanho dos Estados Unidos, o maior produtor de carne bovina.
Já a Marfrig, com seu rebanho bovino adquirido, tem suas emissões de metano comparadas a todo gás emitido pelo rebanho da Austrália, importante produtor global que pode chegar a 27,5 milhões de animais em 2022.
Embora ambos frigoríficos brasileiros estejam associados a dados alarmantes, logo após o fim da COP27, a conferência sobre o clima realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Egito, suas respectivas ações pouco refletem no preço nesta segunda-feira (21) as preocupação com as mudanças climáticas.
Por volta das 15h (horário de Brasília), as ações ordinárias da JBS saltavam 2,3% a R$ 23,60 cada, um movimento técnico após o papel ter caído 3,68% na véspera e 8,78% no acumulado da última semana.
Já os papéis da Marfrig tinha ligeira queda de 0,8% a R$ 9,82 cada. O frigorífico acentua a tendência baixista do último pregão (-2,27%) e da semana anterior (-9,92%).
Os frigoríficos brasileiros também entraram na berlinda por conta de outro relatório, desta vez elaborado pelo HBSC, que foi amplamente citado durante a COP27.
Fonte: Money Times
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