A gigante da carne e também da pecuária, a JBS, fechou exclusividade com dois grandes confinamentos, segundo informações de pessoas próximos a empresa!
O produtor barretense Juca Alves tem sentido muita agressividade dos confinadores na compra de boi para engordar. Ele atribui ao aumento da concorrência no Norte de São Paulo e Triângulo Mineiro depois que começaram a circular boatos de que o JBS fez acordos de exclusividade com dois confinamentos grandes, um na região de Barretos e outro em Frutal (MG).
Os demais confinamentos da JBS estão em Castilho e Guaiçara (SP); Lucas do Rio Verde e Nova Canaã do Norte (MT), Rio Brilhante (MS), Campo Florido (MG) e em Terenos (MS). Com a nova unidade mato-grossense, a companhia passa a ter uma capacidade estática de 116 mil animais em regime de confinamento e abate potencial de 300 mil.
Como a escassez de animal é pesada, mais ainda em bois de reposição, Alves sentiu diretamente isso na segunda (9). Um intensivista ofereceu a ele R$ 320 a @ para um lote de 120 animais, depois de pagar R$ 310 à vista em 60 cabeças. Ele resolveu esperar mais.
Boiadas despadronizadas, nelores e cruzados, “mas boas, de 15 @ em média e que vão alcançar as 22 @ na engorda tranquilamente”, diz o produtor.
Mas se fosse só nelore, ou boi China, teria conseguido mais, acredita.
O movimento está ligado também às tendências que o maior grupo de carne bovina mundial traduz do mercado, sobre os ganhos mais acentuados com exportações.
Mesmo porque, segundo pensa Juca Alves, há notícias também circulando da “boca dos frigoríficos”, que a China está aceitando boi um pouco mais velho. Até agora se sabia que os chineses exigiam no máximo até quatro dentes.
“Falta boi e os preços estão ficando altos para os chineses”, explica o produtor.
Na primeira semana de março os importadores do país asiático mostraram que estão voltando às compras com mais apetite, o que se notou também no final de fevereiro, depois de 1,5 mês de acomodação.
Preço da reposição
Invernistas, confinadores e criadores estão sempre em busca da bezerrada, o que tem deixado satisfeitos os vendedores de várias raças – desde as de sangue indiano, como nelore, até as de origem europeia, como angus e hereford.
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Segundo os dados da Scot Consultoria, os preços do bezerro voltaram a apresentar valorização, desde o mês de fevereiro. Segundo a consultoria, O preço do animal médio é de R$ 3.000,00/cab no país. Uma valorização de quase 60% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o app da Agrobrazil, o pecuarista de Pedro Gomes/MS, informou negociação de bezerros, 100% Nelore, com peso médio de 140 kg pelo valor de R$ 2.650,00/cab. Sendo assim, o valor dos animais atingiram o patamar de R$ 18,93/kg e preço dispara pelo país.