
O governo Trump está lançando o que pode ser o maior ataque em um século contra os gigantes da carne nos EUA. Confira as informações!
O Departamento de Justiça (equivalente americano ao Ministério da Justiça brasileiro), está formalizando acusações criminais contra frigoríficos de aves, ao mesmo tempo em que abre investigações formais em relação aos frigoríficos de carne bovina. Reguladores também estão investigando possível manipulação de preços e, no Congresso americano, parlamentares pedem uma intervenção.
A ameaça vinda de Washington ameaça a indústria em um momento em que diversas unidades são fechadas em razão do contágio pelo coronavirus. O presidente Donald Trump disse, no início de maio, que mandaria que o Departamento de Justiça analisasse a escalada dos preços da carne bovina, depois que eles mais que dobraram em um mês.
O momento da ação é oportuno, já que os pecuaristas americanos reclamam há muito tempo da domínância de poucas empresas nos mercados de frango e carne bovina, mas os reguladores antitruste jamais tomaram qualquer ação significativa contra os frigoríficos.
“O mercado está quebrado há muito tempo, a pandemia somente tornou as coisas piores. Os frigoríficos têm lucros recordes e os pecuaristas estão falindo”, disse Ben Gotschall, diretor executivo interino da Organização por Mercados Competitivos, um grupo de pressão que se opõe às fusões no agronegócio. “Qualquer que seja a motivação de Trump, se ele fizer a coisa certa, você deve aceitar. Espero que seja mais que discurso”.
A questão é se os gigantes da carne estão afastando a concorrência violando as leis antitruste. Procuradores do Departamento de Justiça disseram este mês que dois frigoríficos de aves, incluindo a Pilgrim’s Pride (controlada pela JBS), ilegalmente conspiraram para combinar preços, e insinuaram outras ações na indústria.
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O departamento também está mirando os frigoríficos bovinos numa investigação separada, enviando intimações para os quatro maiores – JBS, Tyson, Cargill e National Beef (controlada pelo Marfrig). Estes frigoríficos controlam mais de dois terços do mercado americano.
Procuradas, a Cargill e a Tyson se negaram a comentar sobre os inquéritos e a suposta combinação de preços. A National Beef e a JBS não responderam aos e-mails.
Com informações da Bloomberg e tradução da equipe do Pecuária.com.br