Uma das maiores empresas da Cadeia de Produção da Carne, a JBS, está captando cerca de R$ 1,8 bi com debêntures para compra de gado no país!
A JBS (JBSS3) vai captar até 1,8 bilhão de reais em debêntures simples para comprar bovinos de produtores rurais, segundo ata de reunião do conselho de administração da empresa, que aprovou a proposta.
Lembramos que a empresa, além de ser uma das maiores produtoras de carne do mundo, possuí inúmeras instalações de engorda de bovinos espalhados no país. Ao todo, já foram inaugurados cerca de 8 unidades de confinamento no país. Com as novas unidades inauguradas, a companhia passa a ter uma capacidade estática de 116 mil animais em regime de confinamento e abate potencial de 300 mil.
Em relação as compras de gado, a emissão será feita em até duas séries, com prazos de sete e 10 anos, respectivamente.
Serviço na engorda
De modo geral, são oferecidos ao produtor infraestrutura e uma equipe de veterinários, zootecnistas e nutricionistas que acompanham diariamente a evolução dos animais. O pecuarista pode investir em quatro modalidades de contratação:
1) Diária: paga um preço fixo pelas diárias;
2) Parceria: o animal é pesado na entrada e o produtor recebe as arrobas magras a preço de boi gordo;
3) Arroba produzida: paga um preço fixo pelo total de arrobas engordadas dentro do confinamento;
4) Ração por quilo: o pecuarista paga pelo quilo de ração consumida por animal. O produtor só desembolsa o valor de custos, como alimentação e frete, após o abate dos animais.
Lucro recorde
A maior processadora de carne do mundo, JBS, encerrou o terceiro trimestre com resultado acima do esperado pelo mercado, impulsionada por forte desempenho nas unidades da empresa nos Estados Unidos e no Brasil, além de redução nas despesas financeiras.
A companhia, dona de marcas como Swift e Friboi, teve lucro líquido de R$ 3,1 bilhões de julho a setembro, ante lucro de R$ 356,7 milhões de um ano antes, o que representa um crescimento de 778%.
A receita líquida da empresa no trimestre chegou a R$ 70,1 bilhões, aumento de 34,3% ante o apresentado há um ano.
O desempenho operacional, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, foi de R$ 7,99 bilhões, evolução de 35% na comparação anual, mas queda de 24,6% na base sequencial.
Analistas, em média, esperavam que a JBS apurasse lucro líquido de R$ 2,87 bilhões, com Ebitda de R$ 6,89 bilhões, segundo dados da Refinitiv.
A JBS afirmou que a divisão brasileira de alimentos processados Seara viu o Ebitda ajustado subir 55,4%, enquanto as operações com carne suína e de frango nos Estados Unidos registraram saltos de 64,7% e 48,9%, respectivamente, apoiadas na desvalorização do real ante o dólar.
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A companhia afirmou que o resultado da Seara deve-se ao aumento de 4,4% no volume vendido e aumento no preço médio dos produtos de 19,7% ante o terceiro trimestre de 2019. Já a divisão de suínos nos EUA, JBS Pork, teve queda de 5,5% na receita líquida em dólares por conta de quedas de 8% no preço médio, enquanto o volume de vendas subiu 1,3%.
“A produção de carne suína no trimestre voltou aos patamares pré-Covid, compensando, inclusive, o volume menor produzido no segundo trimestre”, afirmou a JBS no balanço.